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- A primeira oferta seria ainda este ano, incluindo apenas de ações preferenciais detidas pelos acionistas
- Depois da venda das ações preferenciais, os acionistas e credores devem decidir a melhor estratégia para a venda das ações ordinárias
A primeira oferta de ações para desinvestimento das participações dos acionistas na Braskem deve ocorrer no quarto trimestre e pode chegar a R$ 9 bilhões, segundo três fontes com conhecimento do assunto.
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A Novonor (antiga Odebrecht), os bancos credores e a Petrobras estão discutindo um plano para vender a empresa em várias ofertas de ações.
A primeira seria ainda este ano, incluindo apenas de ações preferenciais detidas pelos acionistas. Se a Petrobras aderir à oferta proposta pela Novonor e bancos credores, a primeira transação pode chegar a R$ 9 bilhões, afirmaram as fontes.
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Depois da venda das ações preferenciais, os acionistas e credores devem decidir a melhor estratégia para a venda das ações ordinárias.
Uma maneira de maximizar o valor das próximas ofertas seria fazer a migração da Braskem para o Novo Mercado, segmento de maior governança na B3. Ainda não está claro quando seriam feitas as outras ofertas, mas a ideia é não demorar muito para evitar a volatilidade do período pré-eleitoral, segundo as fontes.
O processo está sendo coordenado pelos maiores credores da Novonor, que estão há alguns anos tentando recuperar bilhões de reais emprestados ao conglomerado que entrou em recuperação judicial depois do envolvimento em corrupção investigada pela operação Lava Jato.
Os bancos credores e acionistas decidiram pela venda por meio de oferta de ações porque o processo de M&A organizado pelo Morgan Stanley não atraiu o interesse esperado. Segundo uma das fontes, não houve proposta pelo todo da companhia e as propostas por partes do negócio foram baixas.
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Embora os credores da Novonor tenham prioridade no recebimento dos recursos com a venda da Braskem, foi decidido incluir a Petrobras, que tem 36% da Braskem, para desenhar uma estratégia de saída coordenada.
As ações da petroquímica dispararam 150% neste ano, com a alta dos preços das resinas e redução de seu endividamento, bem acima do desempenho do índice Bovespa, que está perdendo 6% no ano. A Braskem também vem resolvendo problemas que tinha no México e no Estado de Alagoas e sua capitalização de mercado chega a R$ 47 bilhões.
A Novonor e a Petrobras não comentaram imediatamente o assunto.