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- Na noite da última quarta-feira (18), o Tribunal de Contas da União aprovou o processo de privatização da Eletrobras
- Com o aval do tribunal, o processo avança e aumenta as expectativas do mercado para a conclusão da sua privatização
- Caso seja concluída, a expectativa é de que os papéis alcancem a faixa dos R$ 60, o que representa uma valorização em torno de 30% com base no atual preço
O avanço do processo de privatização da Eletrobras (ELET3/ELET6), aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na última quarta-feira (19), deixou o mercado entusiasmado pelo potencial de ganhos que as ações podem ter nas próximas semanas.
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Desde o início do ano, as ações seguem em um ritmo de ganhos com a expectativa de que a privatização seja finalmente concluída. No pregão da quinta-feira (19), os papéis da estatal fecharam o dia cotados a (ELET3) R$ 43,88 e R$ 43,20 (ELET6).
No acumulado do ano, as ações da Eletrobras registraram uma alta de 34,1% para os papéis ELET3 e de 35,4% para ELET6. O percentual é bem maior do que a valorização do IBOV, que registrou uma alta de apenas 3,3% durante o mesmo período. “As ações devem continuar performando de forma positiva. O investidor talvez compre a ação a um preço mais caro se esperar a conclusão do processo”, avalia Ricardo França, analista de investimentos da Ágora. “Se a privatização de fato acontecer, a gente enxerga que as ações da Eletrobras têm um potencial para valer em torno de R$ 60”, acrescenta França.
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Apesar da boa performance da Eletrobras, a Ágora Investimentos ainda mantém a recomendação neutra para a empresa.
Já a Órama Investimentos recomenda a compra das ações da ELET3 por enxergar que o preço pode alcançar o patamar de R$ 60, o que indica uma alta de 36,7% ao considerar o valor do papel no fechamento do pregão desta quinta-feira (19).
No entanto, a ideia de manter posição nas ações no atual momento, com o objetivo de aproveitar a alta após a conclusão do processo de privatização, dependerá do apetite ao risco do investidor. Para Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, empresa de tecnologia e educação para investidores, se o investidor tem um perfil conservador, o ideal é aguardar e comprar as ações na oferta ou após o evento.
“Com a compra na oferta ou após, o investidor estará comprando ações de uma Eletrobras privatizada de fato, podendo destravar todas as melhorias operacionais que o evento gera para a companhia”, destaca Piovesan.
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A mesma orientação é feita por Mário Goulart, analista da O2 Research. Segundo ele, é interessante a compra das ações no atual momento, mas o investidor tem que colocar na conta a possibilidade de a privatização não avançar mesmo com a aprovação do TCU.
“Tem certas coisas no Brasil que a gente só acredita na hora que acontecem. Na privatização da Vale na década de 1990, as pessoas ficaram com a “respiração presa” até o último minuto”, relembra Goulart.
Aprovação do TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, na noite de quarta-feira (18), a segunda etapa do processo de privatização da Eletrobras. Com o aval, a companhia pode iniciar a capitalização que vai fazer com que a União deixe de ser a acionista controladora da empresa.
Para Felipe Moura, Analista de Investimentos da Finacap, a saída do governo do controle da companhia será positiva porque irá trazer mais eficiência para as atividades operacionais, o que deve aumentar a receita da empresa. “As usinas da Eletrobras operam em um sistema de cotas. Então, a empresa vende energia a um preço mais baixo. Isso gera um prejuízo para a empresa. Com a privatização, a energia será comercializada a preço de mercado”, destaca Moura.
A expectativa do governo é que a operação ocorra até agosto, dois meses antes das eleições. Atualmente, a União possui cerca de 72% do capital da Eletrobras, percentual que deve ser reduzido para até 45% com a desestatização. Segundo informações da agência Reuters, o cronograma da oferta deve ser definido até o começo da próxima semana.
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