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- “O seguro serve para eliminar ou reduzir um possível abalo financeiro, que seja causado por um evento imprevisto ou sem data determinada”, explica Valter Police, planejador fiduciário e head da Academia Fiduc
- O especialista defende que a escolha por um seguro deve se sustentar mais no impacto financeiro que alguém pode sofrer do que no risco de que algo possa realmente acontecer e - consequentemente - gerar um prejuízo
- Com a chegada da pandemia de coronavírus em 2020, as fontes do mercado de seguros afirmam que aumentou o interesse por produtos relacionados à saúde e que essa preocupação não deve acabar com a crise sanitária
Veículo, imóvel, celular, saúde. O consolidado mercado de seguros vem expandindo sua oferta de produtos, com coberturas cada vez mais abrangentes e personalizadas. No entanto, diante de tamanha variedade, como definir o seguro que não pode ficar fora do orçamento neste ano?
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“O seguro serve para eliminar ou reduzir um possível abalo financeiro, que seja causado por um evento imprevisto ou sem data determinada”, explica Valter Police, planejador fiduciário e head da Academia Fiduc.
O especialista defende que a escolha por um seguro deve se sustentar mais no impacto financeiro que alguém pode sofrer do que no risco de que algo possa realmente acontecer e – consequentemente – gerar um prejuízo.
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“Quais são os possíveis abalos financeiros que eu posso ter na minha vida? Se eu perder algo (carro, celular etc.) me abala? Se a resposta for não, você não precisa de seguro. Se abala, você precisa”, afirma Police.
Foco em saúde
Seguindo essa lógica do maior dano financeiro, os seguros mais relevantes, na opinião do planejador fiduciário são os de saúde, residencial e de automóveis.
“Os riscos relacionados à saúde, do ponto de vista financeiro, são um saco sem fundo e você pode perder tudo se não tiver um bom plano ou seguro. Eventualmente, um seguro só hospitalar resolve, porque mitiga os problemas mais graves, que são de internação. Muitas vezes, uma consulta ou um exame você consegue pagar, mas uma internação de UTI não”, opina Police.
Com a chegada da pandemia de coronavírus em 2020, as fontes do mercado de seguros afirmam que aumentou o interesse por produtos relacionados à saúde e que essa preocupação não deve acabar com a crise sanitária.
Paulo Kalassa, sócio da 3 Seg, diz que a corretora registrou uma forte demanda por seguros de vida e saúde em 2021. “Na nossa visão, saúde e vida deverão continuar sendo produtos desejados pelos consumidores em 2022, ainda nesse contexto de pandemia e cenário econômico desafiador. A nossa recomendação é que quem puder priorizar estes seguros, faça, pois podem ser decisivos em alguns momentos”, diz Kalassa.
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Em todo o ano de 2021, o prêmio emitido líquido (PEL) da carteira de saúde da Allianz Seguros chegou a R$ 430 milhões, uma alta de 16,4% ante 2020. Para Karine Barros, diretora executiva comercial da companhia, esse segmento deverá ter um forte apelo até no pós-pandemia, “pela conscientização da necessidade de proteger a vida e a saúde”.
Proteção patrimonial
Entre os seguros mais ligados à questão patrimonial, Police destaca o seguro residencial. Segundo ele, embora a chance de acontecer algum dano seja menor do que em um veículo, o abalo financeiro costuma ser mais elevado numa comparação entre os dois.
De janeiro a novembro de 2021, a Allianz registrou um aumento de 11,5% no volume (R$ 146 milhões) de PEL para o seguro residencial, ante o mesmo intervalo de 2020. Na leitura da diretora-executiva comercial da companhia, esse saldo se deve principalmente pela adoção do home office.
“O trabalho remoto não só incentivou as pessoas a utilizarem com mais frequência a infraestrutura dos lares, apoiado às coberturas e assistências presentes neste tipo de seguro, como a buscarem proteção para seus equipamentos”, diz Barros.
Para ela, quando o assunto é prioridade na escolha de um seguro em 2022, os produtos voltados para automóveis e residencial seguirão como forte tendência, porque o modelo de trabalho híbrido irá permanecer no pós-pandemia.
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Kalassa, da 3Seg, complementa que a empresa notou também uma tendência de crescimento de seguros para bens relacionados à hobby, como carros de luxo ou esportivos, bike, motos, barcos e até animais, como cavalos.
No caso de itens pessoais, como celular, o planejador fiduciário aconselha a fazer uma análise individual acerca do preço do objeto e do risco de algum abalo, como perda ou roubo. “Se a pessoa não anda muito na rua e quando anda não usa o celular, o risco tende a ser mais baixo. Mas e o abalo? Se perder, vai conseguir comprar outro de imediato? Se sim, talvez não seja necessário um seguro”, conclui Police.