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- A pandemia de covid-19 impôs severas medidas de distanciamento social e afetou diretamente alguns setores da economia, como o de concessões rodoviárias
- Em meio a isso, as ações da CCR (CCRO3) e da EcoRodovias (ECOR3) caíram -26,27% e 17,98%, respectivamente, em 2020, movimento que continuou em 2021
- Apesar disso, seis de nove corretoras consultadas recomendam a compra dos papéis da CCR (CCRO3), pois acreditam que a empresa vai se recuperar
A pandemia de covid-19 impôs severas medidas de distanciamento social e instaurou uma grande crise nas economias, principalmente para as empresas que dependem da mobilidade urbana. Um dos setores que mais sentiu esse impacto foi o de concessões rodoviárias. Afinal, o movimento nas estradas diminui muito no período, principalmente nas que dão acesso aos aeroportos, que foram praticamente inutilizados durante alguns meses de 2020.
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O resultado disso foi que as ações das duas maiores empresas deste setor despencaram na B3. No ano passado, CCR (CCRO3) e EcoRodovias (ECOR3) caíram 26,27% e 17,98%, respectivamente – o Ibovespa subiu 2,92% no mesmo período.
Para este ano, no entanto, a perspectiva para o setor é melhor, puxada pelo início da vacinação do País e a volta à normalidade. Apesar disso, os ativos não inverteram o sinal e continuam com desvalorização.. Em 2021 até o fechamento do mercado desta quinta (4), a CCRO3 cai 7,65%, a R$ 12,44, e a ECOR3 6,21%, a R$ 12,54.
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Neste cenário, o E-Investidor consultou nove corretoras para saber qual a recomendação para CCR (CCRO3). A maioria delas, seis casas de investimentos, acreditam que a companhia deve se recuperar e recomendam a “compra”.
Sem nenhuma indicação de venda, as outras três têm visão “neutra” para a ação, pois consideram o cenário como desafiador e o papel já precificou o momento. Confira a recomendação das corretoras e as análises para CCR (CCRO3).
JPMorgan
- Recomendação: “Overweight” (compra)
- Preço-alvo: R$ 14
Justificativa: “Continuamos a ver a empresa com bons olhos, devido à sua atitude defensiva e aos riscos de queda mais limitados. Ainda enxergamos importantes drivers acontecendo no curto prazo, com novas oportunidades de crescimento, aditivos e reequilíbrios de contratos”, dizem Fernando Abdalla e Guilherme Mendes, analistas do JPMorgan.
“Além disso, o tráfego voltou aos níveis pré-pandêmicos, comprovando a resiliência do setor, enquanto o aumento da inflação deve beneficiar as receitas das empresas”.
Guide Investimentos
- Recomendação: Compra
- Preço-alvo: R$ 16
Justificativa: “É um dos nomes que mais gostamos no setor de mobilidade, não só o de concessão. Vemos um espaço de recuperação sólida para a empresa, principalmente puxada pela volta do setor aéreo. A CCR tem uma exposição muito grande aos aeroportos e a perspectiva da volta do segmento com a vacina impulsiona a companhia”, diz Henrique Esteter, analista da Guide.
“Também terão muitos leilões este ano, o que é importante para a companhia e ela deve entrar forte neles. A CCRO3 é ainda, historicamente, boa pagadora de dividendos e isso é atraente”.
Bank of America
- Recomendação: Neutra
- Preço-alvo: R$ 17
Justificativa: “Vemos a CCR (CCRO3) oferecendo uma baixa taxa interna de retorno (TIR) (5,5% com os ativos existentes), por isso a recomendação neutra”, afirma Murilo Freiberger e Gustavo Tasso, analistas do BofA.
Terra Investimentos
- Recomendação: Compra
- Preço-alvo: Entre R$ 16 e R$ 18
Justificativa: “No momento verificamos as ações da CCR na faixa de R$12,50 na B3, esse desconto excessivo ocorre pelo cenário atual como impacto da pandemia da Covid-19. Por isso, a recomendação está baseada na recuperação da atividade brasileira ao longo de 2021/2022 e o foco do investimento deve ser de longo prazo”, diz Régis Chinchila, analista da Terra.
Modalmais
- Recomendação: Compra
- Preço-alvo: R$ 18
Justificativa: “Com a atividade econômica gradualmente se recuperando, junto ao plano de vacinação, e assim apostando no desenvolvimento da movimentação de pessoas e mercadorias com os fluxos voltando ao normal, a perspectiva é que o setor apresente bons resultados para o ano de 2021″, afirma Fernando Damasceno, especialista de fundos do Modalmais. “A empresa possui excelentes projetos de infraestrutura avançando no país, e podemos esperar para 2021 ainda um calendário de concessões do governo para o setor de infraestrutura”.
UBS
- Recomendação: Neutra
- Preço-alvo: –
Justificativa: “O tráfego das rodovias pedagiadas brasileiras agora parece ter se recuperado totalmente da crise com a pandemia do covid-19 e mostra crescimento do tráfego de veículos pesados, compensando a queda de um dígito no tráfego dos veículos pequenos. Porém, consideramos isso totalmente precificado no momento. Mas vemos, no entanto, os projetos futuros da CCR como um potencial de ganhos de 20%-30% para as ações”, afirma Rogério Araújo, analista do UBS.
Easynvest
- Recomendação: Compra
- Preço-alvo: R$ 15
Justificativa: “Gostamos do segmento de atuação da CCR, que é uma empresa que opera principalmente infraestrutura rodoviária e de transporte, tão importante para um país de dimensões continentais como o Brasil, que depende fortemente das malhas rodoviárias para funcionar e, ao mesmo tempo, é muito carente nesta infraestrutura”, diz José Falcão, especialista em renda variável da Easynvest. “A CCR tem um mercado enorme a ser desenvolvido, mas depende de investimentos do setor público e também do privado”.
Warren
- Recomendação: Neutra
- Preço-alvo: –
Justificativa: “Com o ambiente complicado que estamos vendo com a pandemia de covid-19 e uma dificuldade de retirada das medidas de isolamento social, entendemos que os impactos sobre as receitas observado no ano passado ainda tende a impactar pelo menos os dois primeiros semestres de 2021, o que tende a tornar 2021 ainda um ano complicado para as empresas do setor”, afirma Igor Cavaca, analista da Warren. “Além disso, discussões sobre as concessões, podem tornar esse ambiente ainda mais desafiador. Entendemos que uma melhora do cenário se dará com uma maior difusão da vacina”.
Ágora Investimentos
- Recomendação: Compra
- Preço-alvo: R$ 18
Justificativa: –
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