Mercado

Como ficam as recomendações para Hypera após resultados do 4º trimestre de 2020

Após resultados em linha com o mercado, bancos se dividem sobre os papéis da farmacêutica

Complexo industrial farmacêutico da Hypera, em Anápolis (GO) Foto: Hypera/ Divulgação
  • Na leitura geral do BTG, os resultados são resilientes, indicando uma melhora no impulso da companhia após os efeitos negativos da covid-19. A recomendação dos analistas para o papel da Hypera é de compra, com preço-alvo de R$ 42
  • O Citi destaca o crescimento de 14,6% no sell-out (venda direta a consumidores), o que significa aumento na participação de mercado da empresa
  • Na avaliação do Goldman Sachs, Hypera notou uma recuperação gradativa no volume de consultas médicas e melhora no trânsito nos pontos de venda, seguindo a gradual flexibilização das regras de distanciamento social na maioria das regiões do país no quarto trimestre de 2020

Na última sexta-feira (26), a farmacêutica Hypera Pharma (HYPE3) reportou números positivos referentes ao quarto trimestre de 2020, incluindo lucro líquido de R$ 314,9 milhões, um avanço de 31,9% ante o mesmo período de 2019, e Ebitda (juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas de R$ 349 milhões, um salto de 55,7% em relação ao último trimestre de 2019.

Os números vieram em linha com as expectativas do mercado e, em alguns casos, até superaram. Em relatório, o BTG destaca que o Ebitda reportado pela farmacêutica veio 8% acima da sua projeção.

“A principal diferença em relação aos nossos números foi na linha de outras receitas (R$ 44 milhões vs. R$ 11 milhões em nossas estimativas, consistindo principalmente de créditos tributários)”, escrevem Luiz Guanais, Gabriel Savi e Victor Rogatis, analistas do BTG.

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Na leitura geral do banco, os resultados são resilientes, indicando uma melhora no impulso da companhia após os efeitos negativos da covid-19. A recomendação dos analistas para o papel da Hypera é de compra, com preço-alvo de R$ 42.

Entre os destaques do Citi para os resultados da farmacêutica, está o crescimento de 14,6% no sell-out (venda direta a consumidores), o que significa aumento na participação de mercado da empresa (superando em 150 pontos base o crescimento do mercado como um todo).

“Os números implicam em forte crescimento com lucratividade, apesar da comparação ser tranquila, com as operações sendo afetadas no quarto trimestre de 2019”, escrevem os analistas Tobias Stingelin e Leandro Bastos.

Para eles, o valor da ação está bem atrativo, com múltiplos de 12,6 vezes o preço lucro de 2021 e rendimentos de dividendos de 4%, com o potencial da integração das linhas Buscopan e Takeda em suas operações, o que vai resultar em crescimento das receitas, fluxo de caixa operacional e lucro.

“A tese da Hypera vai ficar mais atrativa quando a empresa fechar um acordo com as autoridades (no âmbito da Operação Lava Jato)”, diz o relatório do banco norte-americano, que também tem recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 36, potencial alta de 9,82% em relação aos R$ 32,78 negociados no fechamento da última sexta-feira (26).

Na avaliação do Goldman Sachs, Hypera notou uma recuperação gradativa no volume de consultas médicas e melhora no trânsito nos pontos de venda, seguindo a gradual flexibilização das regras de distanciamento social na maioria das regiões do país no quarto trimestre de 2020.

O banco ressalta que o crescimento da receita líquida, de 22,2% na comparação com o último trimestre de 2019, foi beneficiado pela incorporação da família de produtos Buscopan – responsável por R$ 85 milhões em vendas no quarto trimestre de 2020.

“O crescimento da topline também foi beneficiado pela expansão orgânica em genéricos, prescrição e saúde do consumidor, que por sua vez se beneficiou da reabertura gradativa das atividades físicas”, informa o relatório, assinado pelos analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Chandru Ravikumar.

O Goldman Sachs, contudo, tem recomendação neutro para o papel, e preço-alvo de R$ 34.