Após o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 1 ponto porcentual para 13,25%, os analistas do Bank of America (BofA) passaram a ver a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15,25% ao fim de 2025. Os especialistas lembram que o comunicado ficou praticamente inalterado em relação ao comunicado de dezembro, com a manutenção de alta de mais 1 ponto porcentual para a reunião de março, fazendo a Selic ir a 14,25%.
Os especialistas esperam uma Selic a 15,25% com o cenário de deterioração da inflação, que deve ficar fora da meta. Eles lembram que o horizonte relevante para a política monetária é definido como 6 trimestres à frente, seguindo o decreto sobre a meta de inflação contínua. Segundo os analistas, o horizonte relevante agora rolou para o terceiro trimestre de 2025, e a inflação é vista como estável de 4,0% no segundo trimestre de 2026, na reunião de dezembro.
Eles relatam que essa previsão considera o cenário de referência do Banco Central (Selic em 15,0% para o fim de 2025, e em 12,50% para o fim de 2026, com o dólar a R$ 6,00). Na visão dos especialistas, a projeção está acima da meta de 3,0%. Para 2025, a previsão de inflação anual foi atualizada para 5,2%, de 4,5% (agora acima do teto da meta).
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“Devido a essas projeções, esperamos que após a alta de 1 ponto porcentual, com a Selic a 14,25%, o Banco Central fará mais dois aumentos adicionais de 0,5 ponto porcentual nas reuniões imediatamente após a de março. Isso levará a Selic terminal para 15,25%. Então vemos as taxas mantidas até a terceira reunião de 2026, quando o comitê deve começar a cortar as taxas para a faixa dos 12,50%”, dizem David Beker, Natacha Perez e Gustavo Mendes, que assinam o relatório do BofA.