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Tesouro Direto: por que taxas sobem mesmo com inflação menor em agosto?

Títulos IPCA+ pagam até 6,21% ao ano, enquanto Prefixados sobem para até 11,74% de retorno anual

Tesouro Direto: por que taxas sobem mesmo com inflação menor em agosto?
Títulos registram alta de rentabilidade (Foto: Adobe Stock)
  • Mesmo com o IPCA-15 em linha com as expectativas, as taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto iniciaram está terça-feira (27) com altas em relação à véspera
  • Para a Guide e Ágora Investimentos, a ligeira melhora na dinâmica inflacionária não alivia as preocupações mais sensíveis do Banco Central. As expectativas ainda são de alta da taxa Selic
  • Na primeira atualização da plataforma do Tesouro Nacional, o Prefixado 2027, 2031 e 2035 pagavam rendimentos de 11,48%, 11,74% e 11,68% ao ano. Os títulos do Tesouro IPCA+ também estavam pagando entre 0,07 e 0,08 ponto percentual a mais - o maior prêmio estava no IPCA+2029

A prévia da inflação de agosto, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), veio abaixo das expectativas. O indicador variou 0,19%, uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando acumulou alta de 0,30%. Mesmo com a notícia positiva no cenário doméstico, as taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto iniciaram está terça-feira (27) com altas em relação à véspera.

A movimentação acontece em linha com as “treasuries”, títulos públicos dos Estados Unidos que também estão em alta nesta manhã. Para a Ágora Investimentos, ainda que a inflação tenha vindo abaixo do esperado, a notícia pode ser insuficiente para apagar as apostas de elevação da taxa básica de juros Selic em setembro. “Considerando a desancoragem das expectativas e as dúvidas a respeito dos impactos climáticos sobre os preços”, explica a casa.

Essa também é a visão da Guide Investimentos. Para a casa, a ligeira melhora na dinâmica inflacionária não alivia as preocupações mais sensíveis do Banco Central. “A nova desaceleração da alta de preços do índice ocorreu mais uma vez em função da variação dos preços livres, que mostraram deflação em agosto (-0,03%), enquanto preços administrados registraram o terceiro mês consecutivo de aceleração (0,81% vs 0,54%)”, aponta. Algumas gestoras já projetam que o juro deve fechar o ano em 12% em 2024. Hoje, está em 10,5% ao ano.

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Entre os títulos do Tesouro Prefixado, as altas nas taxas foram de 0,09 e 0,10 ponto percentual em relação à última segunda (26). Na primeira atualização da plataforma do Tesouro Nacional, o Prefixado 2027, 2031 e 2035 pagavam rendimentos de 11,48%, 11,74% e 11,68% ao ano, acima dos 11,38%, 11,64% e 11,59% da véspera. Os títulos do Tesouro IPCA+ também estavam pagando entre 0,07 e 0,08 ponto percentual a mais – o maior prêmio estava no IPCA+2029, cujo juro real (acima da inflação) estava em 6,21% ao ano.

Vale lembrar que prefixados e IPCA+ sofrem efeitos de marcação a mercado. Ou seja, quando as taxas sobem, os preços caem e vice-versa. O único título que está imune a essa variação diária é o Tesouro Selic, atrelado à taxa Selic. Veja os preços e taxas do Tesouro Direto hoje.

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