

Relatório do Research XP sobre Mineração e Siderurgia, divulgado hoje, aponta um preço-alvo de R$ 66 para a ação da Vale (VALE3), num potencial de alta de 18% em relação à avaliação apontada no documento de R$ 55,83. A mineradora fechou cotada a R$ 56,11 nesta terça (17).
Para a Bradespar (BRAP4), holding com participação significativa na Vale, o time da XP trabalha com um preço alvo de R$ 20,80, com 20% de potencial de alta em relação aos preços atuais de R$ 17,36.
O time da XP mantém a recomendação neutra para os dois papéis. No caso da ação da Vale, considera que a empresa tem um valor que representa 4,1 vezes o seu lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização para o ano que vem (EV/Ebitda).
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O relatório assinado pelos analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano aponta que a Vale está negociando minério de ferro a US$ 61 a tonelada, o que representa um desconto de 41% em relação aos preços à vista. Eles apontam que a Vale é uma operação de baixo risco, dado a sua boa pontuação (84), com notas intermediárias em valor (78), qualidade (55), e momento (49) em comparação com outras empresas que têm relação com o minério.
A Vale é listada entre as principais mineradoras diversificadas, comparada com gigantes como Rio Tinto (RIOT34), BHP (BHPG34) e Anglo American (AAGO34), apresentando múltiplos de preço lucro (P/E) e EV/Ebitda mais baixos que a média dos concorrentes, observam.
CBA (CBAV3), alumínio e mineração
O Research da XP também vê as ações da CBA (CBAV3) negociando com um desconto em relação aos preços do alumínio. De acordo a análise, as ações da CBA precificam o alumínio a US$ 2.070/t, recuo de 18% em relação aos preços spot. A recomendação é de compra com preço-alvo em R$ 9, numa valorização de 55% em relação os preços de hoje em R$ 5,82.
Sobre o setor de mineração, os analistas observam que a demanda aparente de aço no Brasil permaneceu forte em novembro de 2024, segundo o Instituto Aço Brasil (IABr), com alta de 9% na procura por aços planos e longos em relação ao ano anterior (alta de 10% no acumulado do ano).
As vendas domésticas cresceram 10% na comparação anual, enquanto as exportações recuaram 48% no mesmo período. Importações também diminuíram em relação à demanda aparente, representando 19,6% para aços planos e 12,7% para aços longos (-1 ponto percentual na comparação anual nos dois casos).
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