- Apesar da crise, bens não duráveis em alta
- Futuro dos meios de pagamentos é promissor
Já era esperado que o fechamento do comércio e dos shoppings centers, devido ao avanço do coronavírus no Brasil, se traduzisse em retração no comércio varejista do País. Durante live da Ágora Investimentos transmitida pelo YouTube, Gabriel Mariotto, diretor de business analytics da Cielo, mostrou que o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que mede o comportamento da receita nominal dos varejistas, já caiu 25% do início de março até o dia de hoje.
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Por outro lado, Mariotto lembra que a derrapada já foi bem maior e chegou a bater 52% na quarta semana de março em relação ao mesmo período do mês anterior. “Os impactos foram muito significativos no comércio, mas nas duas últimas semanas ele foi um pouco menor”, disse o diretor da Cielo. “Ainda não dá para dizer que isso significa que a situação vai melhorar. Isso depende do consumo das pessoas e do comércio estar aberto.”
Além de Mariotto, Jean Leroy, head de RI da empresa, também participou da conversa sobre os impactos da pandemia do coronavírus no setor de consumo e varejo. Os executivos dividiram o varejo em três setores e comentaram sobre o futuro do mercado.
Bens não duráveis
Apesar da queda, Mariotto destacou que o setor do comércio de bens não duráveis, como supermercados, hortifrutis, padarias, drogarias e postos de gasolina não está sofrendo tanto com o momento e apresentaram altas. “Esse segmento está um pouco melhor e teve um pequeno crescimento no período. O resultado foi puxado pela alta de quase 20% nos supermercados”, diz.
Bens de serviço
Na outra ponta, Mariotto contou que o setor de bens de serviço, onde estão presentes bares, restaurantes, agências de turismo, serviços automotivos e cabeleireiro, é o mais impactado. Segundo ele, desde março, o setor está em queda de 52%. “Esse é o pedaço do comércio que mais sofreu.”
Bens duráveis
A avaliação da Cielo sobre o setor de bens duráveis, que considera os eletrodomésticos, vestuário e móveis, é que a situação também não está boa. A justificativa é que os itens são aqueles que as pessoas podem deixar para comprar em um outro momento quando a crise estiver passado. “Essa lojas estão muito presente em shoppings e apresentam uma queda de 40%”, diz a empresa.
Potencial de crescimento
Apesar do momento ruim, Leroy ressalta que o potencial de crescimento do mercado de pagamentos é muito grande no País. Para ele, o brasileiro irá se adaptar muito rapidamente as novas tecnologias, como os pagamentos via link ou QR code.
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Veja a entrevista na íntegra: