As ações do Nubank registraram altas de até 13% ao longo da manhã desta terça-feira (16), após a divulgação do balanço referente ao segundo trimestre, que superou as expectativas do mercado.
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Às 15h22, a ação do Nubank subia impressionantes 25,21% nos Estados Unidos, para US$ 5,86, enquanto a BDR no Brasil avançava 26,14%, para R$ 4,97. Analistas, no entanto, ainda recomendam cautela. Veja o que falta para o Nubank se tornar atrativo na visão dos analistas.
Nos primeiros minutos do pregão, os papéis da fintech listados na bolsa de Nova York (NYSE) apresentaram uma valorização de 10,1%, cotados a US$ 4,68.
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Os ganhos foram ainda mais expressivos para os BDRs (Brazilian Depositary Receipts – ativos negociados na B3 que representam empresas listadas fora do País) com altas de 11,6% (R$ 4,40).
Já por volta das 12h, as ações em NY estavam em alta de 12,39% (US$ 5,26), enquanto os ganhos dos BDRs eram de 13,20% (R$ 4,46).
O otimismo do mercado se deve ao crescimento conquistado pela fintech ao longo do segundo trimestre. De acordo com o balanço, reportado pela companhia nesta segunda-feira (15), o “roxinho” apresentou uma receita de US$ 1,2 bilhão. O volume representa um crescimento de 230% em relação ao mesmo período do ano passado.
Outro destaque foi o aumento da sua base de clientes. De abril a junho deste ano, a fintech conseguiu atrair 5,7 milhões de clientes e fechou o segundo trimestre com um total de 65,3 milhões, incluindo Brasil, México e Colômbia. Em comparação aos últimos 12 meses, trata-se de um crescimento de 57% no número de correntistas.
A receita média mensal por usuário (o retorno que cada consumidor ofereceu para a empresa) passou de US$ 4 para US$ 7,8 em um ano, o que representa um aumento de 105%. “Os números apresentados pelo Nubank superaram as estimativas de receitas do mercado com o banco reportando números que mostram continuidade de crescimento”, avalia William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue Securities.
Por outro lado, o banco ainda não dá lucro. Ainda de acordo com os dados do balanço, a instituição informou um prejuízo líquido de US$ 29,9 milhões no 2T22. O volume é quase o dobro (96,7%) em comparação ao que foi registrado no mesmo período do ano passado, quando reportou um prejuízo líquido de US$ 15,2 milhões.
“O risco do investimento no Nubank é que sair do campo dos prejuízos e atingir uma margem líquida de 20-30%, como os grandes bancos têm no Brasil, não é um desafio pequeno”, destaca Ivan Barboza, sócio-gestor do Ártica Long Term FIA.