- Organização da Fórmula 1 (F1) fatura anualmente mais de US$ 2 bilhões com patrocínios, direitos de transmissão e taxas administrativas
- Bilionários investem em equipes da F1 tanto por paixões pessoais quanto por oportunidades de negócio
- Quatro vezes campeã, Red Bull Racing recebe recursos dos três investidores mais ricos da competição automobilística
A Fórmula 1 (F1) é um dos esportes mais exclusivos e caros do mundo. O modelo de financiamento da competição inclui patrocínio direto, merchandising, taxa administrativa, direito de transmissão, venda de produtos e parceria corporativa.
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Em 2021 , a receita gerada pela organizadora da F1 foi superior a US$ 2,1 bilhões, mas o volume movimentado é muito maior.
Para manter a megaestrutura ao longo de mais de 20 Grandes Prêmios (GPs), são necessários investimentos massivos que poucas pessoas são capazes de fazer.
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O seleto grupo dos cinco investidores mais ricos da Fórmula 1 tem uma fortuna que, somada, ultrapassa US$ 160 bilhões, segundo estimativa da Forbes com base no patrimônio líquido em 25 de março de 2022.
Confira quem são os bilionários que decidiram investir na Fórmula 1 e quais são seus motivos para investir na competição.
Os 5 bilionários que decidiram investir na Fórmula 1
1. Carlos Slim
O magnata mexicano Carlos Slim controla a América Móvil, o maior grupo de telecomunicações da América Latina, proprietária da Claro.
Dono de uma fortuna de US$ 89,1 bilhões, o empresário foi considerado o homem mais rico do mundo entre 2010 e 2013.
O bilionário patrocina o piloto mexicano Sergio Pérez, atualmente na Red Bull Racing, desde o início da carreira, quando pilotava kart.
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Em 2016, informações veiculadas na imprensa internacional indicavam que Slim tinha comprado a escuderia Force India, na qual Pérez corria — mas isso nunca foi confirmado.
2. Chalerm Yoovidhya
O tailandês Chalerm Yoovidhya é o filho mais velho do criador da fórmula do Red Bull.
A empresa foi montada em 1987 por Chaleo Yoovidhya em sociedade com o austríaco Dietrich Mateschitz, responsável pela difusão do energético no mundo, cada um com 49% das ações, enquanto Chalerm ficou com 2%.
Com a morte de Chaleo em 2012, o primogênito passou a deter 51% da companhia com familiares e logo se tornou o homem mais rico da Tailândia, com patrimônio estimado em US$ 20,2 bilhões.
Chalerm costuma frequentar o paddock da Red Bull Racing e tenta imprimir sua vontade, mas sua influência na equipe é limitada.
3. Dietrich Mateschitz
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Mateschitz é o CEO da Red Bull e foi o principal responsável pela difusão da bebida que vende mais de 7 bilhões de latas por ano, tendo se tornado um dos principais patrocinadores de esportes no mundo.
Sob a gestão do executivo que tem fortuna de US$ 27,6 bilhões, a marca estreou na Fórmula 1 com o patrocínio do ex-piloto Gerhard Berger.
A Red Bull chegou a deter 60% da Sauber, mas se desfez do negócio. Em 2004, a empresa se fixou na F1 com a compra da Jaguar e, dois anos depois, da Minardi.
As duas equipes foram rebatizadas e viraram Red Bull Racing, que foi quatro vezes campeã da F1 com Scuderia Toro Rosso (que mudou de nome para AlphaTauri para promover uma linha de vestuário) e Sebastian Vettel. Mateschitz também é dono do Red Bull Ring, sede do Grande Prêmio da Áustria.
4. James Ratcliffe
O homem mais rico do Reino Unido, Sir James Ratcliffe, construiu seu patrimônio de US$ 16,9 bilhões na INEOS, uma gigante petroquímica.
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Conhecido por seus investimentos nos esportes, o bilionário criou a equipe de vela INEOS Team UK, patrocinou a equipe de ciclismo Team Sky e administra times de futebol na França e na Suíça.
Em dezembro de 2020, Ratcliffe adquiriu 33% da Mercedes por um valor não divulgado após sua empresa fechar um patrocínio de US$ 128 milhões.
O empresário investe no mercado de automóveis e provavelmente tem interesse em comprar o resto da equipe de F1, que é controlada pela Daimler, para promover sinergia em seus negócios.
5. Finn Rausing
Herdeiro da companhia de embalagens Tetra Laval, detentora da patente da Tetra Pak, o sueco Finn Rausing tem uma fortuna pessoal estimada em US$ 10,5 bilhões.
Em 2016, Marcus Ericsson, piloto da Sauber, pediu ajuda ao compatriota bilionário para salvar a equipe das dificuldades financeiras.
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Rausing não titubeou e pagou US$ 30 bilhões, por meio da Longbow Finance S.A., para os ex-proprietários Peter Sauber, fundador da equipe e ex-piloto, e Monisha Kaltenborn, primeira mulher a ser chefe de equipe na F1.
Apaixonado pelo esporte, o bilionário investe entre US$ 20 e US$ 30 milhões por ano na equipe que foi rebatizada de Alfa Romeo em 2019 e ainda costuma assistir aos GPs sem chamar grande atenção na mídia.
Fonte: Motorsport, Forbes, The Paddock Magazine, Financial Times.