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- A fabricante italiana adiou planos para faturar pelo menos 1,8 bilhão de euros (US$ 2,2 bilhões) não descontados juros, impostos, depreciação e amortização até 2022, dizendo que agora planeja atingir esta e outras metas um ano depois, por causa da pandemia
- O presidente John Elkann está redefinindo as expectativas enquanto procura um novo CEO após a demissão surpresa de Louis Camilleri, em dezembro
(Daniele Lepido/WP Bloomberg) – A Ferrari adiou em um ano uma meta de lucro de longa data, agravando os desafios para a fabricante italiana de carros esportivos, que está sem um líder permanente há quase cinco meses.
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A fabricante italiana adiou planos para faturar pelo menos 1,8 bilhão de euros (US$ 2,2 bilhões) não descontados juros, impostos, depreciação e amortização até 2022, dizendo que agora planeja atingir esta e outras metas um ano depois, por causa da pandemia. As ações da Ferrari despencaram até 6,8% em Milão, a maior queda em mais de um ano.
O presidente John Elkann está redefinindo as expectativas enquanto procura um novo CEO após a demissão surpresa de Louis Camilleri, em dezembro. Herdeiro da família Agnelli e chefe da holding Exor, Elkann disse no mês passado que a Ferrari estava fazendo um bom progresso em sua busca por um CEO permanente que terá as “capacidades tecnológicas” para liderar a empresa.
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“Os comentários da Ferrari de que suas metas financeiras para 2022 serão adiadas em um ano cancelam uma projeção muito antecipada”, disse Joel Levington, analista de crédito da Bloomberg Intelligence, em nota. “Encontrar um CEO adequado que possa manter a cultura da empresa durante a transição para a eletrificação é um desafio significativo”.
As ações da Ferrari já haviam apresentado um desempenho baixo no início de 2021, após liderar o Índice Stoxx 600 Automobiles & Parts nos três anos anteriores. As rivais Volkswagen AG e Daimler AG estão capitalizando melhor o entusiasmo em torno dos veículos elétricos, embora Elkann tenha dito durante uma reunião anual do mês passado que a Ferrari apresentará seu primeiro modelo elétrico em 2025.
O próximo CEO da Ferrari herdará uma empresa que está relutante em abandonar o motor de combustão interna. Um mês antes de Camilleri deixar o cargo por razões pessoais não especificadas, ele disse a analistas que não via a Ferrari fazendo a transição para carros 100% elétricos e descartou a mudança para 50% nas próximas décadas.
A Ferrari ajustará os gastos em resposta à covid-19, disse Elkann em um comunicado que não dá números específicos para a mudança planejada. O Ebitda ajustado ascendeu a 376 milhões de euros no primeiro trimestre, superando a estimativa média dos analistas de 368,3 milhões de euros. Os pedidos no período totalizaram 2.771 unidades, um pouco acima do ano anterior.
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(Tradução de Renato Prelorentzou)