- A Nvidia atingiu o valor de mercado de US$ 3,335 trilhões nesta terça-feira (18), ultrapassando a Microsoft (MSFT) e a Apple (AAPL)
- O diretor de Enterprise da companhia na América Latina, Marcio Aguiar, participou de uma live sobre a tese de investimentos da empresa e as perspectivas para o futuro do mercado de IA
- Já no cenário brasileiro, Aguiar destacou a parceria da Nvidia com a Petrobras (PETR3;PETR4), que se estende desde 2006
A Nvidia (NVDA) se tornou a empresa mais valiosa do mundo nesta terça-feira (18), após as ações da gigante de tecnologia fecharem em alta de 3,51% cotadas a US$ 135,58. De acordo com a plataforma Companies Market Cap, a empresa atingiu o valor de mercado de US$ 3,335 trilhões, ultrapassando a Microsoft (MSFT) e a Apple (AAPL), avaliadas em US$ 3,317 trilhões e US$ 3,285 trilhões, respectivamente.
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O diretor de Enterprise da Nvidia na América Latina, Marcio Aguiar, participou de um bate-papo promovido pela Ágora Investimentos, na noite de ontem, para falar sobre a tese de investimentos da empresa e as perspectivas para o futuro do mercado de Inteligência Artificial (IA). A live completa pode ser acessada neste link.
Apesar da fama de ter conquistado um “sucesso repentino”, Aguiar explica que a Nvidia vem se reinventando desde a sua criação em 1993, idealizada por Jensen Huang, seu atual CEO, e os cofundadores Chris Malachowsky e Curtis Priem. De lá para cá, a companhia lançou sua primeira Unidade de Processamento Gráfico (GPU) ao mercado em 1999 e começou a testar novos conceitos computacionais desde 2006. “Demoramos 18 anos para ter o sucesso que vocês dizem ser repentino”, ressalta o diretor de Enterprise.
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Já os trabalhos com a IA propriamente dita começaram há 12 anos, nos quais a empresa conseguiu construir um ecossistema com várias corporações, sendo capaz de influenciar grupos de pesquisadores, startups e companhias de consultoria. “Esse ecossistema foi criado desde 2012. Não foi uma coisa da noite para o dia. Fizemos um trabalho muito bem feito com empresas que desenvolvem softwares, buscando conciliar nossos interesses particulares com as demandas dessas companhias”, afirma.
Em meio a essa rede construída com várias corporações, a Nvidia afirma não enxergar seus pares do setor somente como concorrentes. Pelo contrário, acredita que o mercado na área vem sendo desenvolvido mais a partir de cooperação, do que de competição. Isso porque a gigante de tecnologia desenvolve tecnologias que vão agregar valor a outras plataformas comerciais. “Não nos vemos competindo com essas empresas, porque, acima de tudo, elas são nossas clientes. E enxergamos qualquer cliente como um parceiro”, afirma Aguiar.
Quanto ao futuro do mercado, o executivo acredita que os avanços da IA podem trazer melhorias relevantes principalmente para a área de saúde, auxiliando no desenvolvimento de novas vacinas e na detecção de moléculas. Outro nicho relevante, na visão de Aguiar, será o setor de telecomunicações, que já administra grandes estruturas de negócios e pode receber apoio da Inteligência Artificial.
Já no cenário brasileiro, o diretor de Enterprise destaca a parceria da Nvidia com a Petrobras (PETR3;PETR4), que se estende desde 2006. Apesar do acesso restrito a infraestruturas modernas, o executivo considera que o País pode se sobressair na área de tecnologia, principalmente na indústria de petróleo e gás.
“Há grande espaço de crescimento, já que todas as operadoras de petróleo tem que investir, por lei, uma parte de sua receita em pesquisa e desenvolvimento. E a Nvidia entra em parceria com as universidades para levar conhecimentos e conceitos a esses laboratórios, que retornam com novas soluções para dentro da Petrobras, formando um ecossistema que se retroalimenta”, enfatiza Aguiar.
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