A casa própria é um dos maiores sonhos dos brasileiros. Segundo a 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), 33% das pessoas que investem têm como objetivo utilizar os rendimentos para adquirir um imóvel.
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No entanto, com o aumento dos preços no mercado imobiliário, a realização desse sonho exige planejamento e cautela.
Segundo essa reportagem do E-Investidor, um levantamento do Quinto Andar revela que, em São Paulo, o preço dos imóveis subiu 3,73% no primeiro trimestre de 2024, enquanto em Belo Horizonte o aumento foi de 6,67%.
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Perante esse cenário, os imóveis na planta surgem como uma alternativa mais acessível, oferecendo condições de pagamento mais flexíveis durante a construção. Como explica Ely Wertheim, presidente do Secovi-SP, o consumidor paga cerca de 20% do valor durante a obra e financia os 80% restantes após a entrega.
Existe riscos ao comprar um imóvel na planta?
Apesar das vantagens, imóveis na planta apresentam riscos de envolvimento. Marcelo Tapai, advogado especialista em direito imobiliário, alerta para a necessidade de investigar o histórico da construtora para evitar problemas como atrasos ou falhas na entrega. “Uma empresa saudável hoje pode não estar saudável daqui a três anos”, pontua.
“O risco desse negócio é todo do consumidor”, ressalta o advogado imobiliário. Por esse motivo, os consumidores devem estar acompanhados por um corretor de imóveis ou de um advogado imobiliário para ajudá-lo a encontrar a melhor oferta e com o menor risco. “Essa é a função do corretor e pode ajudar o consumidor a fazer uma compra segura”, afirma o presidente executivo do Secovi-SP.
Além disso, construtores com boa experiência costumam ter acesso a linhas de crédito bancário que garantem a conclusão das obras. Esse modelo, conhecido como “patrimônio de afetação”, garante que os recursos destinados ao empreendimento não serão utilizados para outros fins.
Como se planejar financeiramente?
Independentemente do tipo de imóvel, o planejamento financeiro é essencial. Para Sarai Molina, planejadora financeira da Ágora Investimentos, o ideal é que as parcelas do financiamento não comprometam mais de 30% da renda mensal. Além disso, recomenda-se acumular uma reserva para dar uma entrada maior, pagando um valor financiado menor.
Entre as alternativas de poupança, Molina destaca os investimentos em renda fixa, como LCIs e LCAs, que são isentos de imposto de renda. “Quanto maior para a sua reserva, melhor será a sua negociação”, afirma.
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Para aqueles que preferem outra abordagem, o consórcio também é uma opção viável. Molina relata sua própria experiência: “Fiz um consórcio com dois anos de antecedência e consegui uma carta de crédito equivalente a 50% do imóvel.”
A compra de um imóvel é um compromisso de longo prazo que requer cuidado e disciplina. Avaliar opções de compra, entender os riscos envolvidos e planejar as finanças com antecedência são passos fundamentais para transformar o sonho da casa própria em realidade.
Colaborou: Gabrielly Bento.
