O Ibovespa é um investimento? Entenda se você pode investir diretamente nele

O índice é também uma referência para investidores internacionais, consolidando sua relevância no mercado de capitais.

O que significa Ibovespa?

Conforme esta reportagem, o Ibovespa foi criado em 1968, um ano após o estabelecimento da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que posteriormente se fundiu com outras instituições para formar a atual B3 — Brasil, Bolsa, Balcão.

Inicialmente, o índice concentrava-se em empresas de commodities e do setor industrial. Ao longo das décadas, sofreu grandes mudanças, incorporando estatais nos anos 1970, empresas privadas na década seguinte e, mais recentemente, setores como educação, saúde e shopping centers.

Atualmente, a Vale (VALE3), a Petrobras (PETR4) e o Itaú Unibanco (ITUB4) possuem grande peso na composição do índice.

Como o índice é definido?

O Ibovespa segue a lei da oferta e procura. Quanto maior o interesse dos investidores em determinadas ações, maior o preço desses papeis e, consequentemente, o índice. Já uma baixa procura resulta na desvalorização dos ativos, refletindo em queda no Ibovespa.

É possível investir diretamente no Ibovespa?

A resposta é não. O Ibovespa é apenas um indicador de mercado e não um ativo financeiro. Porém, existem formas de replicar o desempenho do índice em sua carteira de investimentos.

Então, como posso investir no Ibovespa?

Se você deseja acompanhar o desempenho do Ibovespa e potencialmente lucrar com a sua valorização, existem algumas alternativas:

As principais operações atreladas ao Índice Ibovespa são Contrato Futuro, Minicontratos, Exchange Traded Funds (ETFs) e Fundo de Ações.

No Contrato Futuro há a negociação de lotes de cinco contratos com data de vencimento futura predeterminada e variação baseada no Ibovespa, sem a necessidade de ter que comprar toda a carteira de ações do índice.

Já a opção de Minicontratos funciona da mesma forma do que os contratos, mas possibilita a negociação de 20% do contrato cheio.

Os Exchange Traded Funds (ETFs) são fundos que reproduzem a composição das ações do Ibovespa para acompanhar a sua rentabilidade. Os Fundos de Ações, por sua vez, podem definir uma estratégia de compra diferente do Índice.

Como o cálculo é realizado?

O cálculo do Ibovespa tem como base uma carteira teórica que representa as ações mais negociadas na B3. Quando criado, o índice tinha um valor inicial de 100 cruzeiros novos, correspondendo a 100 pontos.

Durante cinco décadas, a metodologia para calcular o indicador foi aprimorada, mas a ideia central permanece a mesma: cada ponto equivale a 1 real. Dessa forma, uma carteira com a mesma composição do índice tem um valor aproximado de R$ 120 mil, correspondente ao número de pontos do Ibovespa.

Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é uma referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.

A flutuação do índice reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do Ibovespa sobe, isso significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.

Colaborou: Gabrielly Bento.

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