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- As ações da IRB (IRBR3), Cogna (COGN3), Marisa (AMAR3), Via Varejo (VIIA3) e Cielo (CIEL3) foram, entre todas as empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira, as que mais se desvalorizaram nos últimos dois anos
- Entre o final de 2019 e o dia 28 de março, o índice de referência da B3 subiu apenas 2,6%. Apesar disso, neste mesmo período, algumas empresas acumularam perdas de mais de 50%
- O levantamento foi feito pela Guide Investimentos, para mapear os fatores que pressionaram os ativos neste período entre a pandemia, a elevação da taxa básica de juros ou problemas estruturais das empresas
As ações da IRB Brasil (IRBR3), Cogna (COGN3), Marisa (AMAR3), Via Varejo (VIIA3) e Cielo (CIEL3) foram, entre todas as empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira, as que mais se desvalorizaram nos últimos dois anos.
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O levantamento foi feito pela Guide Investimentos, para mapear os fatores que pressionaram os ativos neste período e orientar os investidores desses papéis.
As ações foram ordenadas conforme a queda acumulada desde o dia 31 de dezembro de 2019 – período em que a economia estava crescendo, os juros estavam em baixa e ainda não existia pandemia da covid-19. Na visão da Guide, de lá para cá, o Ibovespa oscilou bastante.
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“Quando a queda de determinada ação estava concentrada principalmente em 2020, a chance maior é de ser uma empresa muito afetada pela pandemia. Quando a queda foi em 2021, é por causa do aumento da taxa de juros. Já as empresas que caíram todos os anos de lá para cá, o mais provável é que sejam fatores que consideramos estruturais”, explica Fernando Siqueira, head de research da Guide.
Quedas do Ibovespa: o que fazer?
Para o investidor que possui esses ativos na carteira e está se perguntando se vale ou não a pena segurá-los, para a corretora, algumas das empresas devem se recuperar mais rápido, como a CVCB3.
“Acreditamos que o pior já tenha ficado para trás para a CVC, que tem demonstrado melhora operacional. Com o final do ciclo de aperto monetário mais próximo, acreditamos que os papéis voltados para a economia doméstica devem voltar a apresentar uma reação positiva mais consistente”, diz o relatório. A recomendação da corretora é de que os investidores mantenham a posição nos ativos.
Fernando Siqueira explica que, no caso das companhias cuja principal pressão no desempenho vinha da pandemia ou da alta na taxa de juros, a recuperação das ações deve acontecer mais rapidamente. Agora, para as empresas com problemas estruturais, o cenário deve ser mais complicado e de longo prazo.
É o que acontece com as ações da IRB Brasil, que lideram o ranking das quedas acumuladas, caindo 90% desde 2019.
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Na visão da Guide, o IRBR3 “continuará a enfrentar obstáculos na rentabilização de suas linhas de negócios devido a maior concorrência das resseguradoras estrangeiras, flexibilização quanto às regras de resseguros e aumento do custo do funding, além de eventos de inadimplência”, afirma o relatório.
Dado o contexto e a condenação da empresa por fraude fiscal, a recomendação da Guide é de troca dos papéis de IRB por BB Seguridade (BBSE3), que está sendo negociada abaixo de seus múltiplos históricos.
Outro destaque negativo é a COGN3: na visão da Guide, a concorrência de empresas como Yduqs tem conseguido reduzir a participação da Cogna no setor de educação.
10 maiores quedas do IbrX-100 desde 2019
Ticker | 2020 | 2021 | 2022 | Acumulado | Fator Principal |
IRBR3 | -77% | -51% | -12% | -90% | Estrutural |
COGN3 | -59% | -47% | 17% | -75% | Estrutural |
AMAR3 | -49% | -39% | -10% | -72% | Pandemia |
VIIA3 | 45% | -68% | -19% | -62% | Estrutural |
CIEL3 | -51% | -39% | 28% | -62% | Estrutural |
EZTC3 | -17% | -52% | -2% | -61% | Juros |
CVCB3 | -50% | -32% | 23% | -58% | Pandemia |
AZUL4 | -33% | -38% | 5% | -56% | Pandemia |
LIGT3 | 2% | -50% | -8% | -53% | Juros |
YDUQ3 | -29% | -37% | 4% | -53% | Pandemia |
Fonte: Guide Investimentos