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O que explica o sucesso da Magalu (MGLU3)? Ações podem disparar 215,9% neste ano

A gestora que já havia acertado em 2015 apostou novamente no potencial da varejista

O que explica o sucesso da Magalu (MGLU3)? Ações podem disparar 215,9% neste ano
O que explica o sucesso da Magalu? (Foto: AdobeStock)

A Magazine Luiza (MGLU3) voltou a aparecer entre os investimentos da Alaska Asset Management, gestora que já havia apostado no sucesso na varejista em 2015. A recente aquisição de 5,14% das ações ordinárias da companhia, totalizando 38.004.888 papéis, reacendeu o otimismo sobre o futuro do Magalu, fato esse, que foi bastante celebrado nos corredores da empresa.

Conforme afirma o E-Investidor, a gestora informou que não tem planos de modificar a composição do controle ou a estrutura administrativa da empresa. O aumento na participação acionária visa exclusivamente a “mera realização de operações financeiras”.

Embora a gestora não tenha respondido ao E-Investidor sobre o assunto, fontes próximas à Magazine Luiza interpretam o movimento como um aval ao processo de reestruturação em curso na empresa nos últimos anos. Internamente, a volta da Alaska é vista como um voto de confiança no trabalho da varejista e em seu potencial de crescimento.

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Essa perspectiva positiva é compartilhada por especialistas do mercado. “É um voto de confiança de um fundo que tem uma filosofia de investimento muito transparente e de longo prazo. Isso passa para o mercado a sensação de que se eles acertaram uma vez, podem acertar de novo”, afirma Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores.

Ações da Magalu (MGLU3) podem disparar até o final de 2024

Nesta reportagem mostramos que, de fato, as projeções para o Magalu são promissoras. Analistas do BB Investimentos estimam que a ação da varejista pode disparar 215,9% até o final de 2024, alcançando a cotação de R$ 36,80. Essa previsão se baseia no forte desempenho da empresa no primeiro trimestre de 2024, com crescimento nas margens e aumento na posição de caixa.

O retorno ao lucro líquido de R$ 27,9 milhões no primeiro trimestre, após prejuízo de R$ 391 milhões no mesmo período do ano passado, também demonstra a resiliência da Magazine Luiza diante dos desafios do cenário macroeconômico. A expansão da margem bruta em 2,6 pontos percentuais evidencia a capacidade da empresa de otimizar seus custos e aumentar sua rentabilidade.

Embora o otimismo seja predominante, alguns especialistas alertam para os desafios que o varejo em geral enfrenta, como a alta da inflação, a inadimplência e a desaceleração do crescimento econômico. No entanto, confiam na capacidade da Magazine Luiza de superar esses obstáculos e se consolidar como um player líder no mercado brasileiro, ainda de acordo com a mesma reportagem.

O sucesso contínuo do Magazine Luiza, agora reforçado pela confiança renovada da Alaska Asset Management, demonstra a resiliência e a capacidade de adaptação da varejista em um mercado desafiador. Resta saber se a gestora conseguirá repetir o sucesso de sua aposta anterior, mas os indicadores atuais são promissores.

Conheça mais sobre a Magalu

O Magazine Luiza, também conhecido como Magalu, nasceu em Franca, no interior paulista, a partir do sonho do casal Luiza e Pelegrino Donato de montar um comércio onde toda a família pudesse trabalhar. Em 1957, inauguraram na cidade uma pequena loja de presentes que viria a se tornar uma das maiores varejistas do Brasil.

Ainda que tenha no meio físico sua origem, hoje o Magalu é considerado uma plataforma digital que opera com pontos físicos, em razão da força de seu e-commerce, impulsionado pelos novos hábitos de consumo dos brasileiros.

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Durante a pandemia de Covid-19, caminhou na contramão do varejo e conseguiu crescer, fazendo aquisições estratégicas para fortalecer sua presença nos mercados onde já atuava e também para entrar em novos segmentos. Entre o início de 2020 e meados de 2021, período mais crítico da crise sanitária, a varejista adquiriu mais de 20 empresas.

Em 2023, foi incluída pela segunda vez consecutiva na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, que avalia a performance das companhias nos quesitos ESG (Ambiental, Social e Governança) e reconhece empresas comprometidas com a sustentabilidade empresarial, apoiando investidores no processo de tomada de decisões.

Colaborou: Gabrielly Bento.