A tão sonhada independência de morar sozinho pode se tornar um pesadelo financeiro se não houver um planejamento adequado. Uma pesquisa recente revelou que o custo de vida para quem deseja ter seu próprio espaço no Brasil é bem mais elevado do que se imagina.
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Os gastos com aluguel, alimentação, transporte e outras despesas básicas podem consumir uma parcela especial da renda do brasileiro.
De acordo com uma simulação realizada por Tiago Almeida, planejador financeiro da FIDUC, a pedido do E-Investidor, um brasileiro precisa de uma renda líquida de R$ 5.137,88 por mês para garantir uma qualidade de vida satisfatória ao morar sozinho. Esse valor leva em consideração gastos com aluguel, alimentação, transporte, contas de água, luz e internet, além de uma reserva para imprevistos e lazer.
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O aluguel é um dos maiores gastos. De acordo com o FipeZAP+, o valor médio do metro quadrado para locação em abril de 2024 foi de R$ 38,35. Para um imóvel de 45m², ideal para uma pessoa, isso significa um custo aproximado de R$ 1.725,25.
Além disso, há a alimentação, que não fica atrás. Só a cesta básica em São Paulo, em maio, custou em média R$ 791,82, segundo o DIEESE. Somando esses dois itens essenciais, já se chega a um gasto mensal de R$ 2.522,07.
Mas o orçamento não para por aí. Despesas como energia elétrica, internet e condomínio também pesam. Em média, esses itens custam R$ 100, R$ 150 e R$ 200, respectivamente, segundo a simulação. No caso do condomínio, o valor inclui ainda água, gás e IPTU.
Há, claro, os gastos com transporte, que variam conforme a escolha. Se optar pelo transporte público, como em São Paulo, o gasto mensal com ônibus seria de R$ 264. Já quem prefere usar o carro pode ver essa despesa subir consideravelmente, aproximando-se dos custos de aluguel.
Ao somar todos esses custos, quem pretende viver só precisa desembolsar cerca de R$ 3.231,57 por mês. Para uma vida com algum lazer e cuidados com a saúde, Tiago Almeida sugere reservar R$ 750 para saídas e R$ 300 para despesas médicas, elevando o total necessário para R$ 4.281,57.
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Além disso, o especialista recomenda que a pessoa ainda tenha uma reserva de emergência de 20%, o que aumentaria o valor ideal para R$ 5.137,88 mensais.
Esse valor, no entanto, pode variar dependendo da região do país e do padrão de vida escolhido. A inflação também é um fator que deve ser considerado, impactando os preços e exigindo revisões constantes no orçamento.
Assim, antes de dar o passo de morar sozinho, é fundamental fazer um planejamento financeiro que leve em conta todos esses detalhes para evitar surpresas e garantir uma transição tranquila para essa nova fase da vida.
Colaborou: Gabrielly Bento.
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