O financiamento imobiliário, especialmente em bancos e outras instituições financeiras, é o meio mais tradicional para comprar um imóvel no Brasil. Esse método possui uma grande demanda, já que os preços dessas habitações são elevados e a maioria das pessoas não têm condições financeiras de adquiri-las à vista.
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No entanto, para financiar um imóvel, é preciso ter as finanças pessoais bem organizadas e um forte planejamento em mente. Isso porque os custos com esse tipo de contratação não são poucos, devido às taxas e aos indicadores que atualizam as parcelas até o encerramento dessa solicitação de crédito.
Quanto eu preciso desembolsar para financiar um imóvel?
Em reportagem do E-Investidor, Marcelo Milech, planejador financeiro CFP pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), ilustrou os custos a serem desembolsados por alguns financiamentos.
Na simulação, ele considerou o Custo Efetivo Total (CET), que inclui a taxa de juros cobrada sobre o crédito e outros encargos, de 10% ou 12% ao ano. Além disso, os exemplos seguem a tabela do Sistema de Amortização Constante (SAC). Confira abaixo:
1. Financiamento de R$ 200, por 420 meses
Nesse caso, ao considerar uma taxa anual do CET de 10%, com uma taxa mensal de 0,797%, a prestação máxima teria um custo de R$ 2.072,00 e uma renda mínima de R$ 8,300.
2. Financiamento de R$ 400, por 360 meses
Já neste caso, ao considerar uma taxa anual do CET de 10%, com uma taxa mensal de 0,797%, a prestação máxima teria um custo de R$ 4.301,00 e uma renda mínima de R$ 17,300.
3. Financiamento de R$ 400, por 420 meses
Por fim, neste último exemplo, ao considerar uma taxa anual do CET de 12%, com uma taxa mensal de 0,949%, a prestação máxima teria um custo de R$ 4.748,00 e uma renda mínima de R$ 19,000.
Cenários considerados para a simulação
Ao realizar as simulações de financiamento, Marcelo considerou alguns cenários. Por exemplo, um imóvel de R$ 250 mil, com uma entrada de R$ 50 mil e o restante financiado pela tabela SAC, em 35 anos. Outra situação ponderada foi a de um imóvel de R$ 500 mil, com uma entrada de R$ 100 mil, com o financiamento dos outros R$ 400 mil entre 30 e 35 anos.
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As ilustrações também destacaram qual deveria ser a renda média dos responsáveis pela dívida, para as parcelas não comprometerem mais do que 25% da receita mensal. Ainda, uma das dicas de Marcelo é que o consumidor tente não financiar um imóvel com uma taxa de juros anual acima de 12%.
Colaborou: Jennifer de Carvalho.