Em 2023, 77,8% das famílias brasileiras apresentavam alguma dívida em seu nome, seja dívida adimplente ou inadimplente, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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Embora o ano tenha fechado com as famílias menos endividadas no período de 12 meses (77,6% em dezembro de 2023 contra 78% em dezembro de 2022), a última variação mensal apresentou alta de 1 p.p., com o indicador saindo de 76,6% em novembro de 2023.
Vale ressaltar que o indicador de endividamento das famílias começou a cair em julho de 2023, quando o indicador alcançou 78,1% contra 78,5% de junho de 2023.
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Em relação ao PIB, as dívidas das famílias estão em torno de 30%, o que não é um percentual elevado quando comparado ao mercado americano, onde as dívidas das famílias representam 73% do PIB dos Estados Unidos, diz a pesquisa.
Pela ótica da renda, a parcela de endividados mostrou recuo para as famílias que recebem entre três e cinco salários mínimos, chegando ao percentual de 78,5%. Já a proporção de endividados no grupo com mais de dez salários mínimos de renda mensal subiu 0,6 p.p., alcançando 74,9%.
Entre os estados brasileiros, os cinco mais endividados foram Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo, Roraima e Ceará. Do contrário, os menos endividados foram Goiás, Pará e Mato Grosso do Sul, Bahia e Alagoas.
Dois indicadores de inadimplência da Peic tiveram aumento em 2023, continuando a tendência estabelecida entre 2021 e 2022. A proporção média de famílias sem condições de pagar dívidas já atrasadas cresceu em maior intensidade (1,4 p.p.), alcançando 12,1% do total de consumidores brasileiros, a máxima histórica.
“Isso corrobora a importância de programas de renegociação de dívidas bem estruturados, como o Desenrola, que já demonstra resultado, com queda nesse indicador no último trimestre do ano, de 13% em outubro para 12,2% em dezembro do ano passado”, revela o material.
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