O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Divulgação/B3
A confiança no Ibovespa em 2025 continua baixa, conforme mostra a edição de janeiro da pesquisa LatAm Fund Manager Survey, desenvolvida pelo Bank of America (BofA) e publicada nesta terça-feira (21). O estudo ouviu um total de 32 participantes, com aproximadamente US$ 47 bilhões em ativos sob gestão.
As expectativas para o principal índice da B3 ao final deste ano estão dispersas entre os 110 mil e os 140 mil pontos, indicando um potencial de alta limitado, já que o Ibovespa se encontra atualmente no patamar de 123.338,34 pontos. Apenas 9% dos gestores acreditam que o indicador ultrapassará os 140 mil pontos, contra 17% na pesquisa de dezembro. A maioria dos participantes agora enxerga que o índice deverá ficar entre 130 a 140 mil pontos ou 120 mil a 130 mil pontos em 2025.
Diante de um cenário de incertezas, os investidores estão adotando uma postura defensiva, enquanto continuam focados em ativos de qualidade e que ofereçam dividendos elevados – mesma tendência observada na edição de dezembro da pesquisa. Opções de alta volatilidade, por outro lado, são ignoradas pelos gestores.
Os participantes do estudo consideram que os principais riscos para o mercado latino-americano em 2025 são a possibilidade de uma taxa de juros elevada nos Estados Unidos e um dólar forte. Outros fatores como o desempenho da economia chinesa, uma eventual desaceleração da economia norte-americana, o resultado das eleições nos EUA e os eventos geopolíticos geram menos preocupações.
No que se refere ao mercado de câmbio, a maioria dos gestores espera que o dólar fique em torno de R$ 6,10 no final de 2025. Quando questionados se a moeda americana se fortalecerá neste ano, 63% dos participantes dizem que sim.
Em relação à Selic, o Banco Central sinalizou mais 2 pontos percentuais de aumento nas próximas duas reuniões, o que levaria a taxa básica de juros brasileira para 14,25%. No entanto, muitos participantes da pesquisa do BofA esperam taxas ainda mais altas. Enquanto 44% preveem que a Selic termine este ciclo de aperto monetário entre 14,25% e 15,00%, 31% acreditam que a taxa alcançará 15,25% ou mais.