As ações da Americanas (AMER3) chegaram a R$1,30 – o que corresponde a um aumento de 12,07% – na manhã desta terça-feira (13).
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A alta nas ações da empresa aconteceu pouco tempo depois de um anúncio importante dos acionistas bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira: eles decidiram não comercializar seus ativos da empresa durante três anos. Com essa atitude, o trio vai elevar sua atual participação na varejista em cerca de 30% em conjunto.
O período exato da contenção ainda não foi definido, mas os bancos credores acreditam que ocorra no mínimo até 2027. Esse é um processo que faz parte do plano de reestruturação da companhia e os acionistas aplicariam R$10 bilhões imediatamente na Americanas.
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Os bilionários ainda consideraram aplicar mais R$2 bilhões ao valor original, sendo essa quantia adicional investida em duas parcelas a depender do cumprimento de algumas métricas de alavancagem e liquidez.
Os bancos também se dispuseram a aderir um pacote de R$10 bilhões, incluindo conversão de dívida em ações – o que os faria deter as ações da Americanas, mas estes também teriam períodos de lock-up – quando a venda das ações é pausada.
A varejista esclareceu nesta terça a origem de sua dívida bilionária, revelada em janeiro deste ano, e informou já ter afastado os responsáveis pela fraude. De acordo com o comitê de investigação, os documentos indicam que as demonstrações financeiras estavam sendo fraudadas pela diretoria anterior.
Esses fatos são interessantes para o mercado, pois demonstram que a fraude é responsabilidade da antiga diretoria. Isso também evidencia que o fato não era conhecido por todos — como conselho, atual diretoria e até controladores.
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Vale ressaltar que, antes da divulgação da dívida bilionária da Americanas – declarada em R$43 bilhões -, as ações da empresa valiam R$12.