(Reuters) – A Amazon.com solicitou a um tribunal indiano o bloqueio de um acordo de 3,4 bilhões de dólares do parceiro Future Group para vender seus ativos de varejo e pediu a detenção do presidente-executivo do grupo indiano, mostrou um processo visto pela Reuters.
No último esforço da gigante dos EUA para inviabilizar a venda de ativos da Future para a Reliance Industries, ela pediu ao Tribunal Superior de Nova Delhi que execute a decisão de um árbitro de Cingapura, que a Amazon e a Future concordaram em usar em caso de disputas, mostrou o documento.
Em outubro, o árbitro emitiu uma ordem provisória dizendo que o acordo da Future com a Reliance deveria ser suspenso.
A Future desobedeceu “deliberadamente” à ordem do árbitro sem contestá-la, argumentou a Amazon em seu processo judicial, que provavelmente será ouvido pelo tribunal de Nova Delhi no final desta semana.
Qualquer violação da ordem do árbitro traz as “mesmas consequências” que uma violação de uma ordem do tribunal indiano, argumentou Amazon, instando o tribunal a também deter o CEO do Future Group, Kishore Biyani, e alguns outros réus do caso, em uma prisão civil.
A Future, em um comunicado às bolsas de valores BSE e NSE da Índia, disse que foi informada por advogados da Amazon sobre o processo e que defenderia o caso. A Future e a Reliance não responderam de imediato a pedidos de comentários da Reuters. A Amazon não quis comentar.
A Amazon também pediu ao tribunal para anexar os bens de Biyani ao caso para que não possam ser descartados. Biyani é frequentemente chamado de rei do varejo da Índia por transformar o varejo do país nas últimas décadas.
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A Amazon argumenta que a Future violou algumas cláusulas pré-existentes ao firmar um acordo com a Reliance, mas o grupo indiano manteve que a ordem do árbitro não é vinculativa e precisa ser ratificada por um tribunal indiano.