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Ambipar (AMBP3): presidente do Conselho de Administração renuncia ao cargo. Veja como fica agora

Entenda o que acontece agora com o cargo na empresa de gestão ambiental, cujas ações sobem 472,12% no acumulado de 2024

Ambipar (AMBP3): presidente do Conselho de Administração renuncia ao cargo. Veja como fica agora
A Ambipar é uma empresa de capital aberto (Ambipar/Divulgação)

O presidente do Conselho de Administração da Ambipar (AMBP3), Carlos Augusto Leone Piani, renunciou ao cargo, mostra documento enviado ao mercado no fim da noite de terça-feira (24). “A companhia agradece ao senhor Piani pelos serviços prestados e deseja sucesso em seus próximos desafios e empreendimentos futuros. O cargo de presidente do Conselho de Administração permanecerá vago até a sua oportuna eleição”, diz a empresa.

Carlos Piani foi indicado pela Equatorial (EQTL3) para assumir como diretor-presidente da Sabesp (SBSP3). As ações da Ambipar sobem 472,12% no acumulado de 2024. O papel foi de R$ 16,25 no fechamento de 28 de dezembro de 2023 para R$ 92,97 no encerramento da sessão da última terça-feira (24). Diante do desempenho positivo, investidores se perguntam até onde deve ir a alta dos papéis da companhia de gestão ambiental.

A ação da Ambipar

De acordo com os analistas ouvidos pelo E-Investidor nesta reportagem, é difícil prever o movimento das ações porque a visão predominante indica que a valorização recente se deve a um short squeeze. Ele ocorre quando investidores com posições vendidas (short) desfazem suas apostas na queda do papel e recompram a ação para zerar a posição.

Diante desse cenário, investidores que estão na mesma situação, ao verem seus pares desistirem de suas posições, fazem um movimento igual. Com isso, a pressão de compra se torna alta e o preço do ativo dispara ainda mais.

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“Não temos preço-alvo, mas a recomendação para os nossos assinantes é de venda”, afirma Fabiano Vaz, sócio e analista de ações da Nord Research ao E-Investidor. “O mercado só vai precificar bem uma ação a partir do momento em que a empresa estiver dando confiança para os seus acionistas. A Ambipar ainda não está conseguindo fazer isso”.

Para o analista, fica difícil dizer se os papéis têm espaço para subir mais ou não, já que do lado dos fundamentos não há uma justificativa para isso. “Mas acho que é improvável sofrer uma queda brusca a ponto de voltar no patamar em que operava no começo de junho (na faixa de R$ 9,46), até porque grande parte das ações está nas mãos do Tércio (Tércio Borlenghi Junior, CEO da Ambipar) e da gestora Trustee”, diz Vaz.

Max Bohm, estrategista de ações da Nomos, também acredita que os resultados operacionais da Ambipar ainda não melhoraram a ponto de dar confiança para o investidor no ativo. “Eu não teria o papel. Acho que ele está sendo alvo nos últimos dias de um movimento forte de especulação. Então, é uma ação que está meio à deriva, sem que os fundamentos impactem no preço.”

A Guide Investimentos, por sua vez, tem recomendação de venda para os papéis da Ambipar (AMBP3). “À medida que as ações continuam a subir, com um número cada vez menor de posições vendidas, a probabilidade de uma queda acentuada nos próximos dias aumenta”, destacou a casa em relatório publicado ao final de julho.