A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) publicou nesta terça-feira (23) um guia com orientações para empresas do setor que desejam utilizar sistemas de inteligência artificial (IA). Segundo a Anbima, “o material não tem paralelo no mercado de capitais brasileiro e reforça a missão da Associação de liderar esse movimento, apoiando as instituições na jornada de transformação digital”.
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O guia incentiva a adoção ética da tecnologia, identifica tendências, aponta as principais aplicações e riscos e estabelece diretrizes para o desenvolvimento, a aquisição e o uso responsável de IA pelas organizações.
O diretor-executivo da Anbima, Zeca Doherty, afirma que há uma grande disparidade no conhecimento do mercado sobre tecnologias como a inteligência artificial, que tem se expandido rapidamente. “Queremos que todos estejam ‘na mesma página’, entendam o potencial da tecnologia e estejam prontos para implementar ou até mesmo desenvolver sistemas de IA”, disse o executivo, em nota. “Por isso lançamos esse guia. Ele reflete a nossa missão de apoiar as instituições em suas jornadas de transformação digital, oferecendo as ferramentas e insights necessários para navegar com sucesso na era da IA.”
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No guia, a Anbima recomenda que as empresas sigam os cinco princípios definidos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para a gestão responsável dos sistemas de IA: priorizar resultados benéficos para os colaboradores e para o planeta, ter valores centrados nos direitos das pessoas, garantir a transparência e a segurança sobre o uso da tecnologia e ter regras para o bom funcionamento dos sistemas.
“A IA abre um leque de possibilidades para o mercado de capitais, com potencial de aumentar a receita e a produtividade das instituições. Ela pode agilizar tarefas repetitivas, aprimorar a tomada de decisões, hiper personalizar a interação com clientes, e ajudar a criar produtos inovadores. Mas a implementação ou desenvolvimento eficaz de sistemas IA depende de uma visão 360º sobre a tecnologia e seus efeitos”, diz Doherty.