O total de brasileiros que investem em produtos financeiros mostrou ligeira alta de 2022 para 2023. A fatia chegou a 37%, um ponto porcentual a mais do que no ano anterior. O levantamento é da 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
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Por estrato social, são 55% dos brasileiros das classes A e B que têm investimentos financeiros. Na classe C, são 38% e na D, 20%. Os investidores são em sua maioria homens (51%) e vivem na região Sudeste (52%). A pesquisa ouviu 5.814 pessoas entre os dias 6 e 24 de novembro de 2023.
Entre os produtos de investimento pessoal, o mais usado ainda é, de longe, a caderneta de poupança. São 25% de adesões, enquanto 5% têm títulos privados. Fundos de investimento e moedas digitais são formas de investir para 4% da população, cada uma. No caso de títulos privados e moedas digitais houve alta de 1 ponto porcentual em relação a 2022. Também houve queda de 58% para 57% dos que responderam que não conhecem ou não utilizam produtos financeiros de investimentos.
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O uso de bancos digitais chegou a 40% no ano passado, quatro pontos porcentuais a mais em relação a 2022. A geração Z (de 16 a 27 anos em 2023) é a que mais tem conta nos bancos do tipo. As classes A, B e C são 82% dos clientes dessas instituições. Entre as pessoas que têm conta em banco digital, 30% fizeram investimentos em 2023.
A principal fonte de informações quando o assunto é investimentos são os gerentes ou assessores, em conversas presenciais. Foram 28% dos respondentes que buscam esta forma, enquanto 18% consultam amigos ou parentes e 12% acompanham sites de notícias. Dentre canais para obter informações, o Youtube seguiu à frente, sendo a principal fonte de 34% das pessoas.
Apostas
A Anbima levantou dados sobre o uso de aplicativos de apostas, popularizados como bets. Em 2023, cerca de 22 milhões de pessoas, ou 14% da população, fizeram ao menos uma aposta do tipo. “O índice supera os porcentuais de utilização da maioria dos produtos de investimento”, observa o relatório. Duas em cada dez pessoas consideram as bets uma forma de investimento financeiro.
Ainda, mais da metade da população brasileira indicou sentir alto nível de estresse em relação às suas finanças. Entre os principais motivos estão as preocupações com as despesas, com a falta de dinheiro e em não pagar as contas em dia. Já seis em cada dez pessoas afirmaram ter alto nível de estresse pelo receio de perder suas fontes de renda.