

O Banco Central (BC) divulgou, nesta terça-feira (17), a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) com detalhes sobre a decisão unânime de elevar a taxa Selic para 12,25% ao ano na última quarta-feira (11).
O Copom repetiu, na ata da sua última reunião, que o tamanho total do ciclo de aumento da taxa Selic será ditado pelo seu “firme compromisso de convergência da inflação à meta”, como já constava no comunicado da quarta-feira (11).
O colegiado espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atinja 4,0% no acumulado de quatro trimestres até o segundo trimestre de 2026, o horizonte relevante da política monetária. A estimativa está acima do centro da meta, de 3%, e é maior do que a projeção do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), de 3,6%.
Além disso, o Comitê disse que houve uma deterioração adicional no cenário de inflação, como refletido nas expectativas e projeções de inflação. “Concluiu-se que os determinantes de prazo mais curto, como a taxa de câmbio e a inflação corrente, e os determinantes de médio prazo, como o hiato do produto e as expectativas de inflação, se deterioraram de forma relevante”, avaliaram os membros da cúpula do BC.
- Juros de 14,25% em março de 2025? Veja as ações que podem pagar dividendos acima da Selic
De acordo com eles, essa piora demanda uma política monetária ainda mais contracionista, sinalizando mais dois ajustes de grande magnitude.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Sobre a ata do Copom, Saadia avalia que o documento não trouxe novidades em relação ao comunicado hawkish (duro) da semana passada. “Mas é um alerta de que as condições do ambiente econômico se deterioraram ainda mais, exigindo ação imediata”, analisa.