Os ativos de mercados emergentes atraíram US$ 29 bilhões em dezembro, no segundo mês seguido de fluxo positivo, conforme estimou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF), em relatório divulgado nesta quinta-feira (11). Do total, US$ 11,1 bilhões foram para ações e outros US$ 18 bilhões, para papéis de dívida.
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Apesar disso, a China continuou registrando desempenho negativo, com saída de US$ 3,2 bilhões em capital (US$ 3,4 bilhões em fuga de ações e US$ 0,2 bilhão em entrada para dívida). “Isto confirma a bifurcação entre a China e o resto dos mercados emergentes, sugerindo uma mudança no sentimento dos investidores”, explica o IIF.
O grupo dos emergentes excluindo-se o gigante asiático teve ingresso de US$ 10,9 bilhões, em um ambiente de investimentos “benigno no geral”, de acordo com o Instituto. O IIF acrescenta que o movimento é apoiado pelas perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cortem juros este ano e de que a economia dos Estados Unidos alcance o pouso suave – fenômeno que descreve o controle da inflação sem um dano significativo à atividade.
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O IIF também avalia que os retornos para moedas de emergentes dependerão da evolução da economia dos Estados Unidos. Segundo a análise, um alívio monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderia incentivar outros BCs a adotarem uma postura de relaxamento.
A instituição pontua que a participação de investidores estrangeiros em dívida de governo de países como o Brasil ainda estão aquém dos níveis anteriores à pandemia, o que representa uma oportunidade para os fluxos em 2024.