A B3 anunciou nesta terça-feira (3) que passou a aceitar o depósito de debêntures (título de dívidas emitido por empresa para uso dos recursos em projetos específicos) como garantia em operações. A medida, que entrou em vigor na última segunda-feira (2), tem o objetivo de “atender à crescente demanda dos participantes do mercado para ampliar o rol de ativos aceitos para cobertura de margem de risco em operações que envolvem a atuação da B3 como contraparte central”, informou a empresa, em nota.
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Nos últimos anos, o mercado brasileiro teve um crescimento das debêntures tanto como fonte de captação para empresas e projetos, como também na negociação no mercado secundário, destaca a B3. Em 2024, o volume médio diário de debêntures atingiu R$ 2,87 bilhões, um crescimento de 46% em relação ao ano anterior, quando a média diária foi de R$ 1,95 bilhão.
“A inclusão das debêntures como ativos aceitos pela B3 vem em um momento em que a maturidade desse mercado tem atraído uma gama diversificada de investidores. Hoje, além dos fundos de crédito, é comum observarmos bancos e fundos multimercados incorporarem debêntures em seus portfólios. O investidor pessoa física também é bastante relevante nesse crescimento recente, especialmente nas debêntures de infraestrutura que contam com isenção de Imposto de Renda”, diz Luiz Masagão, responsável comercial e de produtos da B3. “O uso desse instrumento para cobertura de margem irá facilitar a gestão do portfólio e poderá trazer mais liquidez tanto para o mercado de renda fixa quanto de derivativos.”
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Para a aceitação de debêntures como garantia, a B3 definiu alguns critérios. Entre eles, a empresa emissora da debênture deve apresentar rating AAA e ser listada na B3; o ativo deve ter duration máximo de dez anos; o volume de emissão deve ser maior ou igual a R$ 300 milhões; e o volume financeiro médio negociado nos últimos 12 meses deve ser de no mínimo 500 mil.