O Banco Central (BC) anunciou nesta semana alterações no Sistema de Valores a Receber (SVR), programa que possibilita que brasileiros resgatem o dinheiro esquecido em bancos, consórcios ou outras instituições.
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As mudanças envolvem os saques acima de R$ 100, que a partir de agora deverão ser realizados de forma mais segura, através do 2FA — o duplo fator de autenticação.
Na prática, o acesso ao SVR continua igual, mas será gerado um código no aplicativo Gov.br que deverá ser informado no momento do login no SVR. Se o login já tiver sido feito com o segundo fator de autenticação na plataforma do governo, o usuário poderá selecionar sua chave Pix e solicitar o resgate normalmente.
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A alteração só vale para valores acima de R$ 100, sendo que os saques de quantias inferiores não dependem dessa ferramenta de segurança.
“O 2FA é a funcionalidade, ativada pelos usuários, que confere maior segurança ao sistema: a cada novo login, o cidadão deve digitar o código de verificação informado no aplicativo Gov.br. O Banco Central é pioneiro na exigência do duplo fator de autenticação para prestação de serviço, uma vez que nenhum outro sistema do governo federal obriga os usuários a ativarem o 2FA para acionarem funcionalidades”, destaca, em nota, João Paulo Resende Borges, do Departamento de Atendimento Institucional do BC.
O usuário que tentar resgatar valor acima de R$ 100 será orientado a ativar o 2FA ou procurar a própria instituição onde o dinheiro se encontra para receber o valor. Para ativar o duplo fator de autenticação, basta acessar o aplicativo Gov.br e, em Segurança da Conta, habilitar a verificação em duas etapas. O procedimento, no entanto, exige que os cidadãos tenham conta de nível prata ou ouro no sistema do governo.
Ainda em nota, o Banco Central destacou que os saques de R$ 100 devem representar somente cerca de 10% do total de solicitações diárias no SVR, podendo ser ajustado futuramente, se houver necessidade.
Além disso, a autoridade monetária ressaltou que os níveis prata ou ouro da conta Gov.br continuarão sendo requisitos para a consulta do “dinheiro esquecido” e o resgate dos valores, mesmo nos casos em que as quantias são pequenas. Também não haverá mudança para que herdeiros, inventariantes e representantes acessem as informações de valores a receber de pessoas falecidas.
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Nesta matéria, o E-Investidor explicou como resgatar o “dinheiro esquecido” em diferentes casos, por meio do site oficial do SVR. Falsos aplicativos que prometem realizar o serviço mediante o pagamento de uma taxa também têm circulado na internet. No entanto, esses anúncios são falsos, já que a consulta e o recebimento dos valores só pode ocorrer a partir da página oficial do Banco Central.
