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XP eleva preço-alvo de Banco do Brasil (BBAS3) e mantém recomendação de compra

A decisão foi tomada após os analistas da corretora participarem do Investor Day do BB

XP eleva preço-alvo de Banco do Brasil (BBAS3) e mantém recomendação de compra
Agência do Banco do Brasil. (foto: Alex Silva/Estadao)

A XP Investimentos elevou o preço-alvo do Banco do Brasil (BBAS3) de R$ 61 para R$ 73 e manteve a sua recomendação de compra para ação. O número calculado para o ativo representa uma potencial alta de 23,85% na comparação com o fechamento de quarta-feira (6).

A decisão foi tomada após os analistas da corretora participarem do Investor Day do BB e considerarem que as projeções de lucro para 2024 são factíveis.

O banco estatal espera lucrar entre estima lucrar entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões e distribuir 45% desse valor em dividendos para os acionistas. Segundo os analistas, vários fatores implicam na conclusão dessas estimativas, como uma boa carteira de crédito, que demonstra uma melhoria notável, com uma composição equilibrada: cerca de um terço para pessoas físicas (ênfase em empréstimos para folha de pagamento do setor público), um terço para empresas e um terço voltado para o agronegócio..

“Essa carteira diversificada e bem gerenciada é crucial para garantir resultados robustos, priorizando segmentos mais lucrativos e de menor risco”, afirmaram Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam o relatório da XP.

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Além disso, os analistas também concordaram com as falas do CFO, Geovanne Tobias, sobre o preço da ação. No BBDay, evento realizado na última quinta-feira (29), o CFO do Banco do Brasil (BBAS3) disse que o mercado deve tirar sua “lente de preconceito” contra a instituição e ressaltou que o papel está barato.

“Em 2010 éramos negociados a 7,24 vezes o lucro, enquanto hoje somos negociados a 4,7 vezes. Enquanto alguns pares são negociados a 11 vezes”, afirmou o CFO. Quanto maior o indicador, mais cara está a ação.

Para os analistas da XP, a colocação do CFO está correta. “O CFO do BB demonstrou a mesma dificuldade que temos em justificar por que o banco com o maior ROE do setor e perspectivas positivas continua sendo negociado com um desconto em relação aos seus pares”, explicaram Guttmann, Guimarães e Nobre.

O Banco do Brasil encerrou 2023 com lucro líquido de R$ 35,6 bilhões, alta de 11,4% na comparação com 2022. O número foi o mesmo do Itaú (ITUB3ITUB4) e muito maior que o de outros concorrentes, como o Santander (SANB11) que lucrou R$ 9,4 bilhões e o Bradesco (BBDC3; BBDC4) que teve lucro de R$ 16,3 bilhões em 2023.

Ainda que o Banco do Brasil tenha registrado o mesmo lucro do Itaú, o primeiro se mostrou mais rentável, pois o Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE) encerrou 2023 em 22,5% no Banco do Brasil e em 21,2% no banco privado.

É justamente por isso que a XP elevou o seu preço-alvo, pelo fato da ação estar barata e do banco ter apresentado uma rentabilidade maior que a dos concorrentes. No entanto, os analistas afirmaram que essa rentabilidade de 2023 é o pico e que agora espera um ROE um pouco acima dos 20%.

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“Em nossa última atualização, indicamos que o ROE pode ter atingido seu pico em 2023. Após o quarto trimestre e a divulgação do Guidance para 2024, vemos o nível de ROE de acima de 20% como factível também para 2024. Isso levou nosso preço-alvo para o final de 2024 a aumentar para R$ 73,0 por ação e mantendo nossa recomendação de compra”, argumentaram Guttmann, Guimarães e Nobre.

Por fim, os analista da XP também gostaram da diversificação de receitas do Banco do Brasil. No BBDay, o CFO disse que a diversificação de receitas pode ajudar o banco a superar o clico de queda de juros, que tendencialmente causa uma queda no spread bancário.