Neste Dia Internacional da Mulher, o Banco do Brasil (BBAS3) lança uma plataforma dedicada a empreendedoras e um programa de diversidade na empresa, antecipou o BB ao Broadcast. Além de parte de um anúncio maior de medidas do governo em alusão à data, os lançamentos de hoje reforçam o discurso da presidente do BB, Tarciana Medeiros, de que a diversidade na sua gestão iria além do simbolismo de sua nomeação. Medeiros é a primeira mulher a presidir o banco em 214 anos de história da instituição.
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Para empreendedoras, o BB está criando a plataforma “Mulheres no Topo”, que traz soluções e ofertas para apoio ao empreendedorismo. Segundo o BB, a plataforma é um “hub de parceiros, benefícios e conteúdos”. Dentre as ofertas, estão as linhas de crédito automático e crédito salário e de capital de giro. Outros benefícios são a antecipação de vendas do cartão e desconto de títulos, além de palestras para mulheres empreendedoras no circuito de agronegócio feito pelo banco.
Segundo o BB, o acesso aos benefícios dos parceiros se dá por meio de preenchimento de formulário simplificado e as mulheres poderão usufruir de mais de um benefício disponibilizado na plataforma. Atualmente, o BB possui 38 milhões de clientes mulheres pessoas físicas, representando aproximadamente 50% de toda a base pessoa física, e cerca de 1,2 milhão de clientes micro e pequenas empresas dirigidas por mulheres, o que representa 43% do total de clientes do segmento.
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“Essas empresas são responsáveis por 36% do saldo em carteira crédito, o que significa mais de R$ 34 bilhões. Além disso, as empresas com comando feminino possuem historicamente um menor nível de inadimplência.”
Outra novidade lançada hoje é o programa de diversidade do banco, além da construção de uma estrutura de governança sobre o tema na empresa. O programa contempla cinco grupos de afinidade (gênero, geração, LGBTQIAPN+, PCD e raças/etnias), com a dimensão transversal geográfica-cultural em todos os grupamentos.
Segundo o BB, além de combater as assimetrias em relação a gênero, raça, etarismo, capacitismo e de orientação sexual e identidade de gênero no Banco, o programa visa ainda promover cada vez mais ambientes de trabalho inclusivos, colaborativos, baseados no diálogo.
“Sendo mulher, casada com uma mulher, nordestina, conheço a realidade e o preconceito que existem, e agora vamos trabalhar em conjunto, em todos os níveis da empresa, para ter ações afirmativas concretas que melhorem a vida dos nossos funcionários”, diz a presidente Tarciana Medeiros.
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Além da estrutura de governança sobre diversidade, equidade, inclusão e pertencimento, o banco também alterou o nome do Comitê Executivo Pessoas e Cultura Organizacional (Cepes) para Comitê Executivo de Pessoas, Equidade e Diversidade (Ceped). O colegiado será a principal instância deliberativa e de acompanhamento do tema no BB, sob a coordenação da presidência do BB, em parceria com Vice-Presidência de Gestão Financeira e Relação com Investidores (Vifin) e a Vice-Presidência Corporativa (Vicor).
Investidoras
No mundo dos investimentos, o Banco do Brasil informou que o número de mulheres investidoras na instituição cresceu 45% nos últimos 5 anos, acima do avanço do público masculino (40%). O levantamento feito pelo banco considera dados do fechamento de fevereiro e refere-se a investidores Varejo pessoa física e Alta Renda, exceto os que são exclusivamente poupadores.
Conforme o BB, a maioria das investidoras do BB possui perfil moderado, mas, no último ano, houve um crescimento de 15% no número de clientes que possuem renda variável em seus portfólios, uma evolução acima da média do período.