O BB Investimentos elevou a recomendação da Ambev (ABEV3) de neutro para compra e subiu o preço-alvo de R$ 12,36 para R$ 16,00, o que representa um potencial de valorização de 29,4% sobre o fechamento de segunda-feira, 30. A decisão ocorre após a fabricante de bebidas brasileira reportar balanço do terceiro trimestre de 2023, considerado sólido operacionalmente pelo banco.
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“Diante de um resultado melhor do que estimávamos e de um desconto relevante do preço atual da ação em relação ao nosso preço-alvo, e também pela assimetria de múltiplo Preço por Lucro (P/L) em relação ao histórico da companhia, alteramos nossa recomendação de neutro para compra”, afirmam as analistas Mary Silva e Melina Constantino, em relatório enviado a clientes. O múltiplo histórico dos últimos 5 anos da Ambev é de cerca de 19,7 vezes, sendo que o P/L estimado para 2024 está em 14,5 vezes.
BB Investimentos destaca que a Ambev reportou mais um trimestre com expansão de margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), +5,6 pontos porcentuais na comparação anual, performance explicada pelo desempenho consistente da receita líquida (+19,3% ano a ano), que expandiu em todas as unidades de negócios com exceção do Canadá, enquanto o volume total apresentou queda de 2,0% ano a ano.
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A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 4,0 bilhões, crescimento de 25% ante o terceiro trimestre de 2022, impulsionado pelo avanço do Ebitda ajustado (+43,7% na comparação anual) e por menores despesas financeiras em razão de menores custos com hedge na Argentina e no Brasil.
O banco diz ainda que o resultado operacional foi beneficiado pela desaceleração de custos com commodities (especialmente alumínio) e maior eficiência em despesas administrativas e com distribuição.
Na avaliação do BB Investimentos, o desempenho dos negócios no Brasil, liderado pelo segmento de cervejas, continuou resiliente e contribuindo positivamente para o consolidado. Além disso, a recuperação de volumes e da receita por hectolitro (receita/hl) na América Central e Caribe, impulsionado pela retomada da indústria na República Dominicana, e a performance de receita/hl na América Latina Sul apoiaram a construção de um resultado sólido.