O diretor de Finanças e Relações com Investidores da BB Seguridade, Rafael Sperendio, disse que a holding continuará distribuindo dividendos com base nos resultados informados na regra contábil IFRS 4. Apesar de tê-la substituído por norma mais atual, a IFRS 17, a holding ainda aguarda a aceitação do novo padrão pelas instâncias regulatórias do setor.
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“O fluxo de dividendos vai continuar seguindo a regra antiga, porque a Susep ainda não recepcionou a nova regra”, afirmou o executivo durante teleconferência com analistas e investidores para comentar o balanço da companhia no primeiro trimestre, divulgado nesta segunda-feira.
Pelo IFRS 4, o lucro da BB Seguridade foi de R$ 1,76 bilhão, enquanto que no IFRS 17, o resultado foi de R$ 1,83 bilhão. A nova metodologia muda as formas de contabilização com contratos de seguro e também a composição dos passivos de cada um, de acordo com apresentação enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela holding.
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A BB Seguridade destaca que os impactos sobre o capital exigido das investidas só virão quando a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recepcionarem o IFRS 17. Por isso, até aqui, os dividendos não mudam.
A empresa calcula que o patrimônio líquido da Brasilprev ficou R$ 512 milhões menor no IFRS 17 que no IFRS 4, graças à contabilização dos contratos onerosos, uma classificação exigida pela nova norma e que, no caso da companhia, inclui os planos tradicionais, corrigidos pelo IGP-M. “A onerosidade dos contratos já foi totalmente reconhecida”, disse Sperendio.
Na seguradora Brasilseg, a empresa calcula um aumento do patrimônio líquido em R$ 423 milhões no novo padrão contábil.