O Banco Central do México (Banxico) decidiu hoje (21) reduzir sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 11,00%. Uma maioria de quatro dirigentes votou por esse corte, mas uma, Irene Espinosa Cantellano, preferia a manutenção da política monetária neste momento.
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O BC mexicano afirma que, durante o primeiro trimestre deste ano, a atividade global deve ter se expandido em ritmo “ligeiramente maior” ao do trimestre anterior. Na maioria das economias avançadas a inflação geral e seu núcleo continuam a desacelerar, embora este de modo mais gradual.
No quadro global, há riscos como o agravamento de tensões geopolíticas, o prolongamento de pressões inflacionárias, as condições financeiras apertadas e, em menor medida, desafios à estabilidade financeira. No México, no primeiro trimestre a atividade econômica deve ter mostrado maior dinamismo, em relação à debilidade registrada no trimestre anterior, enquanto o mercado de trabalho seguia forte. A inflação desacelerou em fevereiro, a 4,40% na leitura anual. O núcleo dela também diminui, em 4,64% em fevereiro, aponta. Já as expectativas de inflação geral para o fim de 2024 tiveram um corte, com manutenção das expectativas para o núcleo.
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O Banxico diz prever que a inflação geral caminhe para a meta no segundo trimestre de 2025. Ele projeta que o processo de desinflação prosseguirá, diante da postura da política monetária e da mitigação de choques derivados da pandemia e da guerra na Ucrânia. Há riscos de alta para os preços, como a persistência da força do núcleo, depreciação cambial, maiores pressões de custos e que a economia mostre menos resiliência que o previsto, além de riscos climáticos e geopolíticos.
Mas há também riscos de baixa, como desaceleração global acima do previsto, um menor repasse de algumas pressões de custos, ou que os níveis mais baixos do câmbio em relação aos primeiros meses do ano passado contribuam mais que o antecipado para mitigar certas pressões sobre a inflação. O Banxico considera, de qualquer modo, que o balanço de riscos com respeito à trajetória prevista para a inflação no horizonte das previsões “se mantém inclinado para uma alta”