

O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (17), as projeções para os principais indicadores da economia, como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic em semana de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 5,68% para 5,66%. Agora, está 1,16 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, estava em 5,60%. Considerando só as 117 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 5,60% para 5,68%.
A partir deste ano, a meta passa a ser contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
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Na ata da sua última reunião, o Copom afirmou que o cenário para a inflação de curto prazo é adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industriais são pressionados pelo câmbio.
“Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, disse o Copom.
A mediana do relatório Focus para a inflação no Brasil de 2026 subiu de 4,40% para 4,48%, após duas semanas de estabilidade. Um mês antes, estava em 4,35%. Considerando apenas as 113 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 4,26% para 4,50%.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela quarta semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 subiu de 3,75% para 3,78%. Um mês antes, era de 3,80%.
Perspectivas do Focus para Selic
A mediana do documento do BC para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,0% pela décima semana seguida, às vésperas da reunião do Copom desta quarta-feira (19).
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No último encontro, de janeiro, o colegiado aumentou os juros em 1 ponto porcentual e sinalizou elevação da mesma magnitude em março, de 13,25% para 14,25%. Considerando apenas as 100 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 também permaneceu em 15,0%.
Na ata da reunião de janeiro, o Copom reforçou o forward guidance (projeção) de elevação da Selic em 1 ponto em março. Para além da reunião desta quarta-feira, a magnitude total do ciclo será “ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, disse o colegiado.
A mediana para a juros no Brasil no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela sétima semana consecutiva. Levando em conta apenas as 95 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 12,50%.
A estimativa intermediária do Boletim Focus para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela quinta semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 12ª semana consecutiva.
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