(Estadão Conteúdo) – As bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira, com o índice pan-europeu Stoxx 600 renovando máximas históricas, à medida que investidores se mostram mais otimistas de que a inflação perderá força eventualmente, apesar de um novo salto dos preços ao consumidor (CPI) nos EUA. Às 7h21 (de Brasília), o Stoxx 600 avançava 0,45%, ao patamar inédito de 456,66 pontos.
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Embora a taxa anual do CPI dos EUA tenha saltado para 5% em maio, superando as expectativas e alcançando o maior patamar em quase 13 anos, segundo dados publicados ontem, economistas acreditam que as pressões inflacionárias na maior economia do mundo são temporárias e que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não terá pressa de reverter sua postura ultra-acomodatícia. Na quarta-feira (16), o Fed revisa sua política monetária.
Nos últimos meses, a tendência de aceleração da inflação global vem alimentando temores de que grandes BCs possam reverter estímulos monetários adotados em reação à pandemia de covid-19 antes do que se imaginava. Ontem, porém, o Banco Central Europeu (BCE) não apenas deixou sua política monetária inalterada, como prometeu continuar comprando ativos em ritmo acelerado e elevou suas projeções para o crescimento e inflação da zona do euro.
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O BC da China, conhecido como PBoC, também prometeu manter os incentivos atuais. Apesar do apetite por risco, há sinais de que a recuperação na Europa ainda é hesitante. No Reino Unido, a produção industrial teve queda inesperada em abril, como mostrou pesquisa divulgada na madrugada de hoje. Nos últimos dias, a Alemanha igualmente decepcionou, tanto na indústria quanto em termos de confiança. Também no radar está uma reunião de cúpula de líderes do G7 no condado inglês da Cornualha, que começa hoje e se estenderá pelo fim de semana.
No horário citado acima, a Bolsa de Londres subia 0,64%, a de Frankfurt avançava 0,29% e a de Paris se valorizava 0,60%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham ganhos de 0,02%, 0,45% e 0,35%, respectivamente. No câmbio, o euro recuava a US$ 1,2156, de US$ 1,2174 no fim da tarde de ontem, e a libra cedia a US$ 1,4153, de US$ 1,4171 ontem.