As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa nesta quinta-feira (27). Prevaleceu mais uma vez na sessão a cautela diante do quadro de incerteza política na região, com temores fiscais. A postura do Banco Central Europeu (BCE) segue no radar, com dirigentes reforçando uma visão com maior prudência antes de novos cortes de juros.
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O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,41%.
Dirigente do BCE, Martins Kazaks afirmou que o corte de 25 pontos-base nos juros na última reunião “foi em certa medida um passo simbólico” da instituição, com pouco efeito prático. Segundo ele, os próximos passos do BCE “dependerão do que acontece com a inflação”. Já o dirigente Peter Kazimir afirmou hoje que uma nova redução das taxas de juros é possível em 2024, mas alertou que ainda vê um “risco significativo de aumento da inflação”. Kazimir se opõe a movimentar os juros em julho, defendendo que é “apropriado esperar até setembro”, quando serão divulgadas novas projeções econômicas do BCE.
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Hoje, o BC da Suécia – conhecido como Riksbank – decidiu manter seu juro básico em 3,75%, mas sinalizou a possibilidade de dois ou três cortes da taxa na segunda metade do ano.
O tom cauteloso também precede as eleições legislativas da França, cujo primeiro turno está marcado para domingo. A previsão é de que a extrema direita conquiste a maior votação. Um dos maiores receios é pelo risco que um parlamento não alinhado à redução de gastos proposta pelo presidente Emmanuel Macron possa oferecer ao quadro fiscal da União Europeia. Para a Oxford Economics, uma consolidação orçamentária bem sucedida na região contribuirá para limitar a emissão de dívida. Mas as melhorias poderão ser desiguais se os planos de consolidação em economias com déficits elevados sofrerem pressão política.
Divulgado hoje, o índice de sentimento econômico da zona do euro caiu inesperadamente em junho, a 95,9 pontos, pressionado pela queda na confiança dos setores industrial e de serviços. A confiança dos consumidores do bloco teve leve avanço, confirmando estimativa preliminar.
Entre ações individuais, a da Hennes & Mauritz (H&M) tombou 12,97% em Estocolmo, após a multinacional sueca de moda decepcionar com balanço trimestral e projeções. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,55%, a 8.179,68 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou 1,03%, a 7.530,72 pontos. Em Milão, o FTSE MIB cedeu 1,06%, a 33.186,89 pontos. Em Madri, o Ibex35 teve queda de 0,72%, a 10.951,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,36%, a 6.522,65 pontos. A exceção foi Frankfurt, onde o DAX subiu 0,30%, a 18.210,55 pontos.
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