As bolsas da Europa hoje exibem altas, com algum ganho de fôlego após dados da região. A política da França segue como foco importante, em quadro de mais dúvidas após o presidente Emmanuel Macron convocar eleições legislativa antecipada, na qual a extrema-direita aparece à frente nas pesquisas. Além disso, o quadro positivo visto na segunda-feira (17) em Nova York colaborava, embora mais cedo nesta terça-feira (18) os índices europeus tenham chegado a perder fôlego, inclusive em Paris.
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Às 7h30 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 operava em alta de 0,60%, em 514,54 pontos. A bolsa de Londres subia 0,50%, Frankfurt avançava 0,41% e Paris, 0,43%. Milão operava em alta de 1,12% e Lisboa subia 0,43%. No câmbio, o euro caía a US$ 1,0725 e a libra tinha baixa a US$ 1,2685.
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Na agenda de indicadores, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,2% em maio ante abril, na leitura final, como esperado pelos analistas ouvidos pela FactSet, com alta anual de 2,6%. O núcleo subiu 0,4% na leitura mensal, também como previsto, e 2,9% na anual de maio. Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas avançou de 47,1 em maio a 47,5 em junho, ante expectativa de 49,2 dos analistas.
Após a divulgação dos dados, as bolsas europeias melhoraram um pouco, embora os números não tragam grande mudança no panorama. Há expectativa por declarações de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta terça-feira e por dados importantes dos EUA, de vendas no varejo e produção industrial.
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Na região, haverá discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), inclusive o vice, Luis de Guindos, mas o CPI em linha não deve alterar o quadro de certa cautela no BCE sobre os próximos passos, à espera de cenário mais claro. O ANZ acredita em mais dois cortes de juros neste ano na zona do euro, com redução total de 200 pontos-base nos juros no atual ciclo de relaxamento monetário.
Foco do mercado na política
Na arena política, a eleição da França para o Legislativo segue como foco importante. O Danske Bank comenta que, na segunda-feira, o fato de que Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, dizer que pretende trabalhar com o presidente Emmanuel Macron se eleita deu alívio a ativos franceses. A recuperação da bolsa parisiense prossegue nesta terça-feira, mas ela chegou a oscilar no negativo mais cedo.
O Barclays diz que as pesquisas mostram a coalizão de Macron “espremida” entre a coalizão de esquerda e a extrema-direita. Os dois cenários mais prováveis significariam uma divisão de poder entre o Exército e o Legislativo, ou um governo de “coabitação”, como se diz no país.