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Criptomoedas

CEO da Coinbase sugere bitcoin como moeda comum de Brasil e Argentina

Os presidentes dos dois países confirmarem a intenção de criar uma divisa comum sul-americana

CEO da Coinbase sugere bitcoin como moeda comum de Brasil e Argentina
Logotipo da Coinbase exibido na Times Square, em Nova York. Foto: REUTERS/Shannon Stapleton
  • O CEO da Coinbase sugeriu que Brasil e Argentina adotassem o bitcoin (BTC) como moeda oficial dos países
  • No acumulado de 12 meses, o BTC perdeu 36,98% de seu valor

Brian Armstrong, CEO da corretora de criptomoedas norte-americana Coinbase, sugeriu que Brasil e Argentina adotassem o bitcoin (BTC) como moeda oficial dos países. A declaração de Armstrong ocorreu logo após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, confirmarem a intenção de criar uma moeda comum sul-americana, que poderia se chamar “Sur”, para transações tanto comerciais quanto financeiras.

“Penso se eles consideram ir para o bitcoin, essa seria provavelmente a melhor aposta de longo prazo”, disse Brian Armstrong, via Twitter, no domingo (22). No entanto, o CEO da Coinbase sofreu fortes críticas, inclusive de pessoas ligadas ao mundo dos criptoativos.

“Atualmente, ninguém pode ter uma moeda nacional com 100% de volatilidade que cai 65% na baixa do ciclo de negócios e sobe dez vezes no ciclo de alta. As empresas lutam para planejar ou se proteger disso”, afirmou, em resposta, o investidor Raoul Pal. Em 2022, o peso argentino teve uma desvalorização em relação ao dólar de 32,95% até outubro. O bitcoin, até 21 de dezembro de 2022, havia desvalorizado 66%. 

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No acumulado de 12 meses, o BTC perdeu 36,98% de seu valor. Além disso, o ativo digital é fortemente atrelado com as posturas do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e com as movimentações do mercado de tecnologia.

O bitcoin também tem outro problema, a sua escassez. O ativo digital foi pensado para ter um número finito, que é diminuído pela metade a cada quatro anos. Ao total, serão 21 milhões de unidades feitas até o ano de 2140.

Em uma média de 10 minutos, em cada processo, é produzido e validado um novo bloco. Dessa forma, a cada 210 mil blocos de bitcoins gerados (uma média de quatro anos) acontece um evento técnico chamado halving. Nele, efetua-se uma redução de 50% da recompensa financeira da mineração (adição de registros de transações na blockchain) da moeda virtual.

Existem países, contudo, que adotaram o bitcoin como moeda. El Salvador foi um deles, mas o ativo responde por apenas 1,9% das remessas monetárias utilizadas após sua implementação, segundo levantamento realizado pelo CoinDesk.

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A Coinbase recentemente teve de fechar suas ações no Japão por conta da crise no mercado de cripto causada pela quebra na FTX. Ainda em 2022, Armstrong disse que a receita da exchange cairá mais de 50% no fechamento do ano.

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