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Comprou bitcoin em 2022? A cripto foi o pior investimento do ano

Quem apostou no ativo digital perdeu mais de 66% no ano, aponta TradeMap

Comprou bitcoin em 2022? A cripto foi o pior investimento do ano
Perda de confiança no mercado cripto marcou 2022. (Foto: Envato Elements)
  • O bitcoin foi o pior investimento de 2022, segundo dados levantados pelo TradeMap
  • No campo negativo, o bitcoin dividiu palco com os BDRs, Small Caps e ativos de “proteção”, como euro, ouro e dólar, além dos fundos imobiliários
  • O que levou o bitcoin a se tornar o pior investimento do ano em termos de rentabilidade foi a forte perda de confiança em 2022, com a falência de grandes empresas cripto

O bitcoin foi o pior investimento de 2022. Esta é a conclusão de um levantamento feito por Einar Rivero, head comercial do TradeMap. A criptomoeda acumula desvalorização de 66,61% no ano até a última quarta-feira (21), saindo do patamar de R$ 260 mil para os atuais R$ 86 mil.

No campo negativo, o bitcoin dividiu palco com os BDRs (Brazilian Depositary Receipts – papéis com lastro em ações estrangeiras), Small Caps (empresas de pequena capitalização) e ativos de “proteção”, como euro, ouro e dólar, além dos fundos imobiliários, representados pelo Índice de Fundos Imobiliários (IFIX).

O melhor investimento do ano foram os fundos multimercados de gestão ativa, representados pelo Índice de Hedge Funds Anbima (IHFA), e os ativos de renda fixa atrelados ao CDI.

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Veja a tabela com o retorno médio dos principais investimentos no ano:

Perda de confiança

O que levou o bitcoin a se tornar o pior investimento do ano em termos de rentabilidade foi a forte perda de confiança em 2022. A subida dos juros no mundo tirou atratividade dos ativos de risco e turbinou a renda fixa. Isto gerou perda de liquidez no mercado cripto, com os investidores se desfazendo dos ativos digitais.

Várias companhias relacionadas a criptomoedas faliram em 2022. Mas o episódio que mais abalou o mercado foi o colapso da FTX, que era uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, no início de novembro. Após perceberem os graves problemas financeiros da empresa, investidores correram para sacar o capital que mantinham na companhia, o que resultou na quebra.

A crise da FTX gerou um efeito cascata no mercado, já que muitas companhias, gestoras e fundos mantinham forte exposição à empresa de Sam Bankman-Fried – e agora estão com recursos presos na corretora ou com dívidas junto à exchange falida. É o caso BlockFi, gigante de empréstimos com criptos em garantia, que declarou falência no fim de novembro, pouco após a corretora ter colapsado.

Veja aqui como os investidores brasileiros foram afetados pela falência da FTX.

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Neste mês de dezembro, foi a vez da empresa de mineração de cripto Core Scientific solicitar recuperação judicial. “A quebra de algumas corretoras tem gerado proporção”, afirma Alex Carvalho, analista CNPI da CM Capital. “E ainda se fala da possibilidade de até mesmo a Binance (maior corretora cripto do mundo) vir à falência.”

Contudo, antes mesmo da falência da FTX, o “inverno cripto” (saiba quais foram as companhias que intensificaram a crise das criptos) já havia ferido de morte empresas do setor. A plataforma de empréstimos com criptomoedas Celsius Network e o fundo de hedge Three Arrows Capital foram duas delas, varridas do mercado após um outro colapso: o do ecossistema Terra (LUNA), que agravou a fuga de capital no mercado cripto.

De fato, o investidor de criptoativos teve muitos motivos para se preocupar em 2022. E para o ano que vem, o cenário não deve mudar. “Com a crise de confiança, muitos se afastaram das criptos, gerando um pânico maior. Na última quarta (22), Banco Central da Índia disse que a próxima crise financeira virá das criptomoedas, se elas não forem banidas”, afirma Fabio Louzada, economista, analista CNPI e fundador da Eu me banco.

Já Paulo Bughosian, co-head de cripto do TC, tem uma opinião diferente. “O mercado cripto passou, em 2022, possivelmente pelo pior ano de toda a sua história. Foi um ano com uma série de eventos de cauda e cisnes negros”, afirma. “Há indícios, todavia, de que grande parte da pressão de vendas se exauriu.”

Para o co-head do TC, o ciclo de alta de juros nos EUA já está precificado pelo mercado. “Dificilmente teremos surpresas negativas no curto prazo. Portanto, nossa visão é de que estamos próximos a um fundo no mercado cripto.”

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