Em dezembro do ano passado, o valor médio das dívidas dos brasileiros atingiu R$ 1.388,41 – montante 12,2% maior do que o registrado no mesmo período de 2022, de R$ 1.237,16. A pesquisa foi feita pela Paschoalotto, empresa de recuperação de crédito, e enviada com exclusividade ao E-Investidor.
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Segundo o estudo, as dívidas com até 90 dias de atraso representaram 31,53% do total dos débitos em 2023, contra 30,95% no ano anterior. Houve um aumento das dívidas com garantia, cuja média passou de R$ 1.512 em 2022 para R$ 1,6 mil, em 2023.
A mesma situação foi observada nos débitos sem garantia, como aqueles relacionados a cartão de crédito. A média da dívida de R$ 285 em 2022 subiu para R$ 288 no ano passado. Quando o assunto é perfil, as mulheres representam mais da metade dos endividados (50,4%).
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A maior concentração de endividados também está na faixa etária de 41 a 60 anos (35%), seguida por 26 a 40 anos (34,4%), acima de 60 anos (18,5%), e até 25 anos (12,1%).
Diego Mosquim, diretor de planejamento da Paschoalotto, atribui o aumento da inadimplência à conjuntura econômica do País. Ele destacou as taxas de juros elevadas e o crescimento econômico, considerado lento. Os setores mais impactados pela inadimplência são bancos e cartões de crédito (28,9%), utilities (23,3%), financeiros (16,4%) e varejo (11,1%).
“A elevação da inadimplência é reflexo direto da crise nacional, onde recessão, taxas elevadas e crescimento econômico moroso comprometem a capacidade das pessoas em honrar seus compromissos financeiros”, explica Mosquim.
O executivo observa também maior aderência dos devedores à digitalização. A proporção de pagamentos realizados por devedores através de negociações digitais aumentou significativamente, atingindo 20,2% em 2023, contra 11,3% no mesmo período do ano anterior.
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