O BTG Pactual (BPAC11) revisou suas estimativas sobre a construtora Tenda (TEND3) após a queda das ações, mas manteve a recomendação de compra, destacando que “o segmento Minha Casa Minha Vida (MCMV) está indo bem, a recuperação da empresa é uma realidade, o valuation (valor do ativo, cálculo em que é possível estimar o preço mais provável do ativo ou empresa em dado momento) ainda é atrativo com um P/E de 3,5 vezes para 2025, e o lucro por ação pode ser impulsionado em 2025.”
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A casa acredita que “investidores com paciência para segurar a ação nos próximos 12 meses serão recompensados”, prevendo um potencial de valorização de 78%, o maior da cobertura do BTG, com o preço-alvo de R$ 18 por ação. “Nós vemos as ações praticamente dobrando, mesmo sem todas as opções gratuitas na tese de investimento, as quais têm uma alta probabilidade de serem implementadas no primeiro semestre de 2024”, dizem os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio.
O banco destaca a recuperação das margens do negócio on-site da Tenda devido à conclusão de projetos antigos, o impacto negativo da rentabilidade da Alea em 2024, a previsão de maiores despesas financeiras em 2024 e a expectativa de um retorno sobre o patrimônio líquido de 30% em 2025.
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A incorporação do guidance (informações dadas por uma empresa que permitem projetar alguns resultados no futuro) da companhia no modelo do BTG resultou em uma redução significativa nas estimativas de lucros por ação, com uma queda de 53% para 2024 e 19% para 2025. A queda nas ações da Tenda, de cerca de 30% no ano até o momento, é atribuída à falta de confiança do mercado, especialmente devido a desapontamentos anteriores.
Apesar de reconhecer a Tenda como um investimento de alto risco e alto retorno devido ao endividamento e à duração prolongada, o BTG enfatiza que a empresa adiciona uma beta interessante aos portfólios, mantendo a recomendação de compra mesmo diante das recentes “decepções”.
