O BTG Pactual (BPAC11) afirma que o desempenho negativo das ações do Nubank (ROXO34) no último mês criou um espaço para a compra do papel ao menos no curto prazo. De acordo com o analista Eduardo Rosman, os múltiplos altos do papel deixam pouco espaço para erros ou resultados abaixo do esperado no longo prazo, mas em um horizonte menor, o preço ficou mais atrativo.
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“Continuamos com recomendação neutra, mas de um ponto de vista de negociação, o recente desempenho fraco dos papéis, junto com nossas expectativas de resultados muito fortes no quarto trimestre, tornam os papéis do Nu uma oportunidade de curto prazo melhor que a de nomes brasileiros que recentemente tiveram um rali, como o Inter (INBR32)“, escreve ele, em relatório enviado a clientes.
O analista afirma que a queda de 1% das ações da fintech em novembro foi surpreendente, porque outros ativos de maior risco subiram. O Ibovespa, por exemplo, teve alta de 12,5%, e o índice Nasdaq, de empresas de tecnologia listadas nos Estados Unidos, teve alta de 11%.
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No mesmo período, papéis brasileiros dos setores financeiro e de tecnologia também tiveram bom desempenho. As ações da B3 (B3SA3) e do BTG subiram 20% cada, enquanto as da XP tiveram alta de 15%, as do Mercado Livre (MELI34), de 15%, e as do Inter, de 15%. Stone (STOC31) e PagSeguro (PAGS34) subiram 57% e 43%, respectivamente.
Após uma pesquisa com investidores, o BTG detectou que a maior parte deles tem previsões otimistas para o Nubank no longo prazo, relacionadas à evolução da operação no México ou à operação de crédito consignado no Brasil. Entretanto, para 72% deles, as ações caíram em novembro porque as expectativas estavam muito altas – acima dos resultados do terceiro trimestre, que a casa considera fortes.
“Repetidamente mostramos nossa preocupação com os múltiplos muito altos do Nubank, e com o impressionante valor de mercado de US$ 39 bilhões (o que demandará a geração de muitos bilhões de dólares em lucro)”, afirma o banco no texto. A análise do BTG é de que o Nubank terá resultados bastante fortes nos próximos dois anos, acompanhados de expectativas também altas.
“Ainda que tenhamos uma visão construtiva para o sucesso do Nubank no médio e longo prazos e já estejamos mais otimistas que o mercado, principalmente para 2024-2025, uma avaliação de mercado alta deixa pouco espaço para erro (a despeito de um ótimo terceiro trimestre, a ação caiu), e por isso temos dificuldade em sermos mais otimistas com o papel num horizonte mais longo”, afirma Rosman.
O BTG tem preço-alvo de US$ 9,50 para as ações do Nubank, 14,5% acima do fechamento de sexta-feira (1).
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