- A Cemig possui uma unidade de comercialização de energia que é uma das líderes no mercado livre, onde grandes clientes como indústrias e centros comerciais podem negociar diretamente seu suprimento de eletricidade e preços com empresas do setor
(Reuters) – A estatal mineira Cemig (CMIG4) informou nesta quinta-feira que estuda abrir uma filial de sua unidade de comercialização de energia elétrica em São Paulo, de olho no potencial local para negócios no chamado mercado livre de eletricidade.
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A manifestação vem após um inquérito aberto pelo Ministério Público estadual (MPMG) neste ano para investigar um suposto plano da companhia controlada pelo governo de Minas Gerais de transferir sua sede.
Segundo informações do site do MPMG, as apurações miram “possíveis irregularidades praticadas pela diretoria da Cemig, que estaria com a pretensão de mudar sua sede para o Estado de São Paulo”.
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A Cemig disse, em nota, que “é completamente infundada a informação de que estaria estudando a mudança de sede”.
“Porém a empresa esclarece que estuda a possibilidade de ampliar seus canais de comercialização de energia elétrica no mercado nacional, principalmente no mercado livre, por meio da abertura de uma filial da comercializadora no estado de São Paulo”, acrescentou.
A Cemig possui uma unidade de comercialização de energia que é uma das líderes no mercado livre, onde grandes clientes como indústrias e centros comerciais podem negociar diretamente seu suprimento de eletricidade e preços com empresas do setor.
De acordo com a estatal, a maior parte de seus clientes no segmento tem sede em São Paulo, que também concentra a maior parte das comercializadoras de energia, com muitas delas abrigadas na região da Faria Lima, também conhecida como um polo do mercado financeiro.
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“A criação de uma filial de comercialização em São Paulo é prática corrente de mercado, pois grande parte dos comercializadores de energia e agentes de geração já estão sediados no estado, bem como a própria Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)”, afirmou.
Os contratos de compra e venda de energia no mercado livre são registrados junto à CCEE, que também é responsável pelo monitoramento das transações no setor e pela contabilização e liquidação financeira das operações.
A Cemig não entrou em detalhes sobre o estágio de seus estudos para uma possível filial da comercializadora e nem quando ela poderia ser aberta, caso haja decisão nesse sentido.
O mercado livre de energia teve forte crescimento em 2020, com volume quase recorde em adesões de novas empresas ao nicho, atrás apenas de uma marca histórica atingida em 2016, segundo a CCEE.
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