

O Citi reafirmou sua recomendação de compra para as ações da Vittia (VITT3), empresa brasileira que produz fertilizantes especiais e produtos biológicos para o campo. O banco americano manteve o preço-alvo em R$ 7,50 por papel em relatório divulgado nesta segunda-feira (24). Os analistas Gabriel Barra e Pedro Gama apontam para um cenário mais favorável para a fabricante de insumos agrícolas em 2025, após um período de dificuldades no setor.
“Vemos 2024 como um período desafiador para a empresa, marcado por ajustes de estoque, preocupações com liquidez e pressões de margem dentro da indústria”, afirmam. Mesmo nesse contexto, eles destacam que “a Vittia conseguiu aumentar seu volume de vendas, potencialmente implicando uma maior participação de mercado”.
A Vittia divulgou no balanço mais recente, apresentado no início de março, que encerrou 2024 com lucro de R$ 75,3 milhões, uma queda de 22,6% em relação a 2023, enquanto sua receita cresceu 4%, totalizando R$ 786,6 milhões. O relatório do Citi aponta que a principal surpresa negativa foi “o maior consumo de caixa em capital de giro, principalmente em recebíveis”, mas os analistas não consideram isso um problema significativo, uma vez que “mesmo neste cenário a Vittia imprimiu uma alavancagem controlada”. “Com base no fato de que a Vittia encerrou 2024 solidificada, a atual melhora das margens dos produtores durante esta temporada, o fim da tendência de queda nos preços e maior volume de vendas, projetamos números melhores para 2025”, destaca o documento.
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Um ponto de destaque para o futuro da empresa é o lançamento do fungicida “Triunfe”, produto para o controle da ferrugem asiática da soja que tem um mercado potencial de R$ 3 bilhões. O diretor financeiro da Vittia, Alexandre Frizzo, havia informado que o produto, que levou seis anos para ser registrado, será lançado para a safra 2025/26.
O Citi aponta quatro pilares que sustentam sua visão positiva para a empresa: desenvolvimento de novos produtos com alta margem; diversificação para além da soja e milho; fortalecimento de parcerias comerciais e expansão internacional. Frizzo já havia sinalizado perspectivas mais otimistas para 2025, citando a boa evolução da safra atual, o câmbio favorável para os produtores e o preço dos insumos em patamares mais acessíveis.