O Citi espera resultados fracos para Hypera (HYPE3) no segundo trimestre do ano, o que levou o banco a reduzir marginalmente suas estimativas de lucro líquido para 2024 e 2025 em 2% e 3%, respectivamente. O banco manteve recomendação neutra para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 31, o que representa um potencial de valorização de 6% sobre o fechamento de quarta-feira (10).
A expectativa do banco é que a companhia apresente um crescimento orgânico das vendas no varejo de 7% no comparativo anual, abaixo do crescimento do mercado em 200 a 300 pontos-base (bps), e uma queda de 2% nas vendas para revendedores, com recuo de 220 bps na margem bruta e de 110 bps no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado.
Para o banco, o resultado será especialmente impactado pelo desempenho abaixo do esperado de medicamentos para condições agudas, como, por exemplo, antigripais, síndromes respiratórias e dores. Com isso, o banco estima uma queda de 2% das receitas líquidas no comparativo anual, impactadas pela alta base de vendas no segundo trimestre do ano passado.
A margem bruta também deve ser impactada pelo recuo 200 bps no mix de vendas no comparativo anual, que deve ser parcialmente compensado pela contínua racionalização de despesas gerais e administrativas (SG&A), reduzindo seu impacto no nível de Ebitda. A companhia espera um lucro líquido contábil de R$ 447 milhões, queda de 11% no comparativo anual.
Para o terceiro trimestre, o banco aponta que as baixas vendas de antigripais durante o segundo trimestre do ano serão um parâmetro para reacender as tendências de receita da Hypera a partir do terceiro trimestre, embora a persistente pressão sobre as margens e potenciais ventos contrários de custos cambiais também tenham aumentado o “risco de orientação” no nível do Ebitda.