O Citi avalia que são “bons tempos” em mercados emergentes, tema que destaca como um dos principais para os investimentos neste ano, pois as operações de carry trade – em que investidores tomam recursos em países de juros baixos e aplicam em países com juros altos – devem seguir interessantes. Entre os países que o banco menciona, o Brasil é uma aposta de potencial de ganho, o chamado upside.
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“Serão bons tempos em mercados emergentes porque o carry será bom por mais um ano. O carry eventualmente vai diminuir, mas não o suficiente para colocar os negócios em risco”, afirmou Dirk Willer, chefe global de Macro, Alocação de Ativos e Estratégia de Mercados Emergentes do Citi, durante painel da conferência anual Year Ahead 2024, na manhã desta quarta-feira (10).
Segundo Willer, há um questionamento se os esperados cortes nas taxas de juros em mercados desenvolvidos vão prejudicar o carry trade, uma vez que o diferencial de juros será menor, mas o especialista reforça que o alfa da operação não deve ser eliminado. “Talvez vejamos volatilidade”, diz.
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O Citi está long (posição comprada, que aposta na alta) para carry em Colômbia, México, Hungria e Brasil. Willer destaca que, no Brasil, os cortes na Selic estão “lentos o suficiente” para manter uma “gordura” nas operações de carry. Enquanto o Citi avalia que México e Colômbia devem realizar mais cortes de juros que o precificado, atualmente vê maior upside no Brasil, com uma Selic terminal menor, e na Colômbia.