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- A reedição do auxílio emergencial ajudará menos as vendas do comércio varejista em 2021. Dos R$ 44,86 bilhões previstos para serem liberados à população mais vulnerável este ano, R$ 12,75 bilhões serão gastos pelas famílias no varejo, calcula a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
(Estadão Conteúdo) – A reedição do auxílio emergencial ajudará menos as vendas do comércio varejista em 2021. Dos R$ 44,86 bilhões previstos para serem liberados à população mais vulnerável este ano, R$ 12,75 bilhões serão gastos pelas famílias no varejo, calcula a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
No ano passado, os valores disponibilizados pelo governo para pagamento do auxílio somaram R$ 322 bilhões, sendo que R$ 103,8 bilhões foram gastos no comércio varejista. “Ou seja, o impacto mensal sobre o varejo em 2021, embora positivo, deverá ser cerca de 8 vezes menor do que em 2020”, ressaltou o economista Fabio Bentes no relatório da CNC.
O levantamento da CNC considera que 9% dos recursos disponibilizados pelo governo não sejam sacados este ano, assim como no ano passado. A população também destinará uma fatia menor dos recursos recebidos para a aquisição de bens. Em 2020, 35,4% dos recursos sacados chegaram ao varejo, enquanto o restante foi destinado ao consumo de serviços, pagamento de dívidas ou poupança. Em 2021, a previsão da entidade é que as famílias destinem 31,2% dos recursos sacados para o consumo no comércio varejista, sobrando mais economias para pagamento de dívidas e poupança, por exemplo.
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“Estatísticas do Banco Central mostram que o comprometimento da renda das famílias, que já se situava em nível recorde em dezembro de 2020 (28,4% da renda das famílias), aumentou ao longo do primeiro trimestre de 2021, período no qual o auxílio não estava mais disponível para a população. A CNC estima que essa proporção tenha atingido 30,3% da renda familiar em março de 2021. Assim, a tendência é que, mesmo proporcionalmente, mais recursos tenham outra destinação que não o consumo de bens”, justificou Fabio Bentes.