O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou às 10h18 a primeira parte da reunião que decidirá na quarta-feira (13) pelo novo patamar da Selic, hoje em 12,25% ao ano. A expectativa unânime do mercado é de continuidade dos cortes na taxa básica de juros, com mais uma redução de 0,50 ponto porcentual na quarta, para 11,75% ao ano.
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As sessões da manhã e tarde desta terça-feira (12) tratam da análise de conjuntura, primeira parte da reunião em que o Copom revisita temas importantes para a tomada de decisão da taxa Selic (taxa básica de juros da economia). A discussão sobre a conjuntura continua na manhã da quarta-feira.
Amanhã à tarde ocorre a segunda parte do encontro, quando o colegiado define o nível da Selic, que é anunciado a partir de 18h30. Conforme pesquisa do Projeções Broadcast, todas as 57 instituições financeiras consultadas acreditam que o Copom manterá o plano de voo e fará mais um corte de 0,50 ponto, para 11,75%.
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Para 51 delas (89%), o colegiado seguirá nesse ritmo nas duas primeiras reuniões de 2024, enquanto três preveem aceleração do ritmo de baixa a 0,75 ponto em janeiro e outras duas apostam nesse movimento na reunião de março. No encontro de novembro, o Copom repetiu que antevê redução de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic nas próximas reuniões e que seria o ritmo apropriado para “manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário (que promove a desinflação)”.
Desde a última reunião, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e outros diretores reforçaram que a sinalização continua sendo de novos cortes de 0,50 ponto. Campos Neto destacou em diversas apresentações os riscos para a desinflação global, mas pontuou que a inflação no Brasil tem se comportado bem, mesmo diante da atividade do mercado de trabalho resilientes.
No Boletim Focus, a mediana para a inflação de 2023 passou de 4,63% no último Copom, no começo de novembro, para 4,51% na última divulgação, 0,24 ponto abaixo do teto da meta (4,75%). Para 2024, houve leve piora entre as duas reuniões, de 3,90% para 3,93%, contra o alvo central de 3,00%. Já para 2025 e 2026, as estimativas continuaram estacionadas em 3,50%, ainda desancoradas em relação à meta contínua de 3,00%. Em novembro, as projeções do próprio Copom eram de 3,6% em 2024 e 3,2% para 2025.